Um centro de vagas trabalhistas proibiu a oferta do salão de cabeleireiros AJ's, situado em Stroud, na Inglaterra, por buscar um cabeleireiro "feliz", ao considerar que o termo discrimina aos candidatos infelizes, segundo explicou Alison Birch, a dona do negócio através de sua página do Facebook. Segundo disse um funcionário do centro, via telefone, a palavra "feliz" é uma palavra discriminatória e não é permitida segundo as regras sobre discriminação da empresa. |
Ele tentou convencer Alison a mudar a palavra para evitar que alguém que não se sinta feliz pense que não é apto para o posto de trabalho.
Alison então respondeu que só quer gente feliz, mas o operador fez questão de que o termo é discriminatório e não é permitido na plataforma de oferta de empregos.
- "Te direi que palavras gostaria de pôr no anúncio em seu lugar [...] e tirarei meu anúncio", respondeu chateada, pondo ponto final à conversa.
- "Fui pouco sensível e a palavra 'feliz' discrimina ou todo mundo ficou louco? O que vocês pensam?", concluiu Alison, detalhando que ainda segue buscando um estilista feliz totalmente qualificado para trabalhar meio período.
A vaga, publicada no Facebook no passado 13 de agosto é dirigida a cabeleireiros que tenham ao menos cinco anos de experiência no setor depois de ter obtido formação específica.
- "Este é um pequeno salão muito movimentado, pelo que só um cabeleireiro feliz e amigável deve se candidatar", reza a oferta.
- "Pensei que em qualquer momento ia me dizer que era uma piada, mas não o fez, falava muito em sério", disse Alison para a imprensa local, detalhando que não se atreve a repetir as palavras que disse a seu interlocutor.
A mulher indicou que a finalidade de seu anúncio era encontrar alguém com um sorriso na cara, porque no passado contratou gente que não se comportava de maneira adequada no salão.
Ademais, revelou que durante a quarentena sua anterior cabeleireira faleceu de câncer aos 42 anos, pelo que realmente seria bom que alguém alegre se unisse a sua empresa após essa terrível tragédia.
- "Nesta época em que o coronavírus nos preocupa, todos nossos clientes realmente precisam ver olhos felizes e sorridentes", afirmou Alison. - "Nossos olhos são tudo o que podem ver enquanto temos que usar máscaras e protetores faciais, de modo que não acho que tenha nada terrivelmente errado em buscar a alguém com uma disposição feliz", acrescentou.
O incidente surpreendeu a vários internautas, que expressaram sua surpresa nos comentários.
- "O mundo ficou absolutamente louco. Isto significa isto que toda palavra descritiva é discriminatória?", disse um internauta descontente.
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