Uma virologista que fugiu da China após ter sido uma das primeiras cientistas em estudar e alertar sobre o surto de covid-19 publicou um estudo em que afirma que o coronavírus provavelmente foi criado em laboratório. A doutora Li-Meng Yan publicou suas conclusões em Zenodo, uma plataforma digital de acesso livre. O artigo de 26 páginas, realizado em coautoria de outros três médicos é intitulado "Características incomuns do genoma do SARS-CoV-2 que sugerem uma modificação de laboratório sofisticada em lugar da evolução natural e a delimitação de sua rota sintética provável". O trabalho ainda não foi revisado de forma independente por pares. |
No estudo, Yan escreve que o SARS-CoV-2, o vírus que causa a covid-19, poderia ter sido criado convenientemente dentro de um laboratório durante um período de apenas seis meses já que mostra características biológicas que são inconsistentes com um vírus zoonótico natural.
Os primeiros relatórios sobre a origem do coronavírus, indicaram que o vírus saltou de animal a humano dentro de um mercado molhado na cidade chinesa de Wuhan em algum momento no fim de 2019. A maioria da comunidade científica internacional avalia a teoria de uma origem natural do vírus e descarta que foi produzido por seres humanos em um laboratório. No entanto, segundo Yan, a teoria da origem natural, ainda que amplamente aceita, carece de apoio substancial.
A cientista afirmou que a grande maioria de seus colegas recusa a teoria de um vírus criado em laboratório porque - "...está estritamente censurada em revistas científicas revisadas por pares." Não obstante, assegura: - "O SARS-CoV-2 mostra características biológicas que são incompatíveis com um vírus zoonótico de origem natural."
Segundo Li-Meng Yan, a evidência mostra que o SARS-CoV-2 é um produto de laboratório criado utilizando os coronavírus de morcego ZC45 e / ou ZXC21 como base. Sobre esta base, postula que o SARS-CoV-2 foi conseguido de forma sintética em aproximadamente seis meses.
O estudo assinala que como coronavírus, o SARS-CoV-2 difere significativamente de outros vírus respiratórios ou zoonóticos porque ataca múltiplos órgãos, é capaz de sofrer um longo período de infecção assintomática, é altamente transmissível e significativamente letal em populações de alto risco, está bem adaptado ao ser humano desde o começo mesmo de seu aparecimento.
Segundo Yan uma das provas principais de que o vírus foi fabricado é sua alta eficiência na união do receptor ACE2 das células humanas, que lhe serve como porta primeiramente, através de uma proteína viral que encaixa como uma "chave em uma fechadura", segundo a definição dos cientistas do Instituto de Estudos Avançados Westlake, em Hangzhou, e Universidade Tsinghua, de Beijing que pela primeira vez estudaram este mecanismo do vírus.
Yan agrega que as publicações científicas existentes que apoiam a teoria da origem natural se baseiam em grande parte em um coronavírus de morcego previamente descoberto chamado RaTG13, que compartilha uma identidade de sequência de nucleotídeos de 96% com o SARS-CoV-218. No entanto, Yan considera no estudo que essa não é uma evidência suficiente porque os genomas virais podem ser desenhados e manipulados com precisão.
Yan e sua equipe citam três linhas de evidência que respaldam sua teoria:
1) A sequência genômica do SARS-CoV-2 é suspeitamente similar à de um coronavírus de morcego descoberto por laboratórios militares na Terceira Universidade Médica Militar, em Chongqing, China, e o Instituto de Investigação de Medicina do Comando de Nanjing.
2) A união ao receptor (RBM) dentro da proteína espícula de SARS-CoV-2, que determina a especificidade do hóspede do vírus, se assemelha ao do SARS-CoV da epidemia de 2003 de uma maneira suspeita. A evidência genômica sugere que a RBM foi manipulada geneticamente.
3) O SARS-CoV-2 contém uma cisão único em sua espícua, que melhora enormemente a efetividade viral, algo que segundo os autores do relatório não é natural.
As suposta manipulações teria feito com que o vírus do SARS-CoV-2 se converta em um patogênico altamente transmissível, de surgimento oculto, letal, com sequelas pouco claras e em massa disruptivo.
A virologista também destaca que os laboratórios de pesquisa de Hong Kong como na China continental lideraram nas últimas duas décadas as investigações sobre coronavírus, sendo os primeiros em identificar às civetas como hóspedes intermediários do SARS-CoV e isolar a primeira cepa do vírus, além de contar com a maior coleção do mundo de coronavírus.
Estes laboratórios, segundo Yan, contariam com a tecnologia, os recursos e os conhecimentos para realizar com relativa facilidade uma manipulação de um destes vírus.
Quem é Li-Meng Yan
Segundo contou em várias entrevistas, Yan trabalhava na Universidade de Saúde Pública de Hong Kong, um centro de pesquisa de doenças infecciosas da Organização Mundial de Saúde, quando começou a pesquisar o surto em Wuhan. Relatou que começou a estudar o vírus em dezembro e esteve em contato com outros virologistas que estavam na China e tinham mais informação do vírus.
Supostamente averiguou que o vírus estava se transmitindo muito rápido entre pessoas, algo que ainda era desconhecido, e informou suas descobertas ao doutor Leo Poon, um suposto contratador da OMS que ocultou sua pesquisa e lhe pediu que guardasse silêncio, deixando entrever que poderia perder a vida. Após temer por sua segurança, Yan fugiu da China em um voo com destino a Los Angeles no final de abril.
O relatório recentemente publicado por Yan fez eco das afirmações que dadas em uma entrevista televisiva recente, quando apareceu no programa de entrevistas britânico Loose Women. Durante a entrevista, disse que o coronavírus se originou no laboratório em Wuhan e o laboratório é controlados pelo PCC. Também disse que os relatórios generalizados de que o vírus se originou no ano passado em um mercado de Wuhan são uma cortina de fumaça.
Em outra entrevista recente, para o canal americano Fox, também denunciou que seu país e a OMS estão mentindo sobre o coronavírus e já em dezembro passado sabiam sobre a facilidade com a qual a covid-19 era transmitida entre humanos.
A OMS negou as acusações da virologista e disse a Fox que muita gente trabalha para eles como consultores, mas não têm dados que creditam que Yan, como ela afirma, trabalhasse para um laboratório de referência da organização especializado em vírus e pandemias. A OMS disse a Fox que também não tem em seus arquivos dados sobre Poon, o supervisor de Yan.
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Comentários
Se foi pro EUA então esse artigo deve ter sido o salvo-conduto que a imigração pediu. Basicamente deve ser tudo falsificado.