A visão rara de um polvo-de-vidro revela sua membrana quase transparente em detalhes extraordinários

Em uma expedição de 34 dias ao redor do arquipélago das Ilhas Fênix, na Micronésia, cientistas marinhos do Instituto Oceânico Schmidt capturaram imagens excepcionalmente raras do indescritível polvo-de-vidro (Vitreledonella richardi). Com uma membrana salpicada e iridescente, o animal aquático é quase totalmente transparente -apenas seu nervo óptico, olhos e trato digestivo são visíveis aos humanos- e avistamentos como esses são tão raros que os cientistas antes recorriam a estudar a espécie somente depois de retirá-lo do estômago de seus predadores.

O cefalópode transparente foi gravado por um robô subaquático do navio de pesquisa Falkor, administrado pelo referido instituto, que é uma ONG sem fins lucrativos fundada pelo casal Wendy e Eric Schmidt, ex-CEO do Google.

A tripulação da expedição relatou dois encontros com o polvo, algo impressionante dado que anteriormente havia imagens limitadas desses seres. Pouco se sabe sobre esses cefalópodes transparentes, à exceção de que vivem em regiões tropicais e subtropicais no oceano profundo, entre 200 e mil metros abaixo da superfície.

Além de capturar com sucesso essa filmagem, a equipe de pesquisa também identificou novos organismos marinhos e registrou o procurado tubarão-baleia nadando no Oceano Pacífico durante a expedição.