Os atletas olímpicos não dormirão em camas 'anti-sexo'

Se você está seguindo as notícias dos próximos Jogos Olímpicos em Tóquio, sem dúvida tem viu as camas incomuns que devem ser usadas pelos competidores deste ano. Os marcos brancos e quadrados são cortesia da companhia japonesa Airweave, que diz que criou as estruturas completamente a partir de papelão reciclado em um esforço por alinhamento com a mensagem em prol da sustentabilidade dos Jogos de Tóquio 2020. Mas graças à longa reputação dos atletas olímpicos, e ao fato de que os jogos deste ano serão realizados no meio de uma pandemia mundial, algumas pessoas começaram a especular que poderia ter outro motivo para usar estas "caixas".

O corredor de longa distância e medalhista de prata olímpico Paul Chelimo tuitou recentemente que as camas estavam claramente desenhadas para uma coisa: dissuadir os atletas de dormirem juntos.

- "As camas poderão suportar o peso de apenas uma pessoa para evitar situações para além do esporte", caçoou Chelimo. Logo, órgão da imprensa como New York Post e TMZ usaram o tweet como evidência de que as autoridades olímpicas estavam procurando criar uma “cama anti-sexo" infalível. E as piadas sobre a mesma se tornaram virais no Twitter.

Qual é a verdade por trás de todos estes virais? Bom, que nada nestas camas é mais "anti-sexo" do que qualquer coisa que tenha em um quarto normal. O ginasta irlandês e aspirante aos Jogos Olímpicos, Rhys McClenaghan, publicou seu próprio vídeo no Twitter durante o fim de semana, mostrando como a cama da Airweave podia resistir facilmente seus saltos enérgicos. A conta oficial dos Jogos Olímpicos retuitou o breve clipe, agradecendo a McClenaghan por desacreditar o mito.

Ainda que as camas são claramente adequadas para todo tipo de atividades extenuantes, vale a pena assinalar que os oficiais olímpicos desaconselham estes atos. Um manual para os participantes que ficam na vila olímpica diz que devem manter o mínimo de interações físicas com os demais, o que inclui minimizar seus apertos de mãos e abraços.

Isto se soma ao que as autoridades olímpicas já disseram que proibiriam as vendas de álcool durante os jogos e reduziriam seriamente as dezenas de milhares de preservativos que normalmente os atletas olímpicos recebem a cada ano. Teremos que ver se estes esforços vão evitar que alguns dos atletas testem as "camas anti-sexo".