Atos aleatórios de gentileza nas ruas do Japão

O primeiro ato aleatório de bondade certamente aconteceu quando nossos antepassados das cavernas desenvolveram seus primeiros neurônios-espelho, mas o conceito em si é relativamente atual. Ocorreu em 1993 quando uma misteriosa jornalista e escritora, chamada Anne Herbert, publicou o livro "Pratique a bondade aleatória e atos de beleza sem sentido" falando sobre histórias verdadeiras de atos de bondade.

Anne era uma ativista pela paz e já em 1982 condenava a aceleração da violência sistêmica, geralmente descrita na mídia daquela época como "atos aleatórios de violência e atos sem sentido de crueldade". Foi assim que ela cunhou o mote "atos aleatórios de bondade e atos sem sentido de beleza", porque não era difícil encontrar a "bondade" humana mesmo em meio a tanta "violência" gratuita, e também porque qualquer "gentileza" exclui automaticamente a "crueldade".

Pouco se sabe de Anne, pois ao que parece ela queria ficar no anonimato. Mas em uma interessante entrevista de 2018, o escritor David Wills diz que ela acreditava muito no que pregava e fazia. Entre 2005 e 2012, ela morou nas ruas disfarçada para ajudar pessoas sem teto, enquanto escrevia e editava.

Ainda que pareça que esta introdução seja off-topic em relação aos vídeos, eu queria explicar a origem do conceito de que um ato aleatório de gentileza é uma ação não premeditada e inconsistente destinada a oferecer gentileza para o mundo exterior.

As compilações mostram heróis do Japão flagradas em câmeras de bordo de carros ajudando pessoas ou animais em perigo. As imagens são um bom lembrete de que nenhum ato de bondade é pequeno demais. O presente da bondade pode começar como uma pequena ondulação que com o tempo pode se transformar em uma onda que afeta a vida de muitos! Gentileza gera gentileza!

Anne Herbert teve um blog no início dos anos 2010 onde continuou propondo a "bondade aleatória" como um antídoto para a "violência aleatória". Ela morreu em 18 de dezembro de 2015 em Alameda, Califórnia e não está muito claro se foi de câncer ou de Aids.