Desde a erupção do Vesúvio em 79 d.C., a arqueologia não parou de procurar momentos do passado sob os escombros do que foi a antiga cidade romana de Pompeia. Agora, enterrados em cinzas, os pesquisadores encontraram perfeitamente conservado um quarto de escravos romanos. A notícia foi dada pelo Parque Arqueológico de Pompeia, quem explicado que se trata de uma pequeno quarto sem decoração de apenas 16 metros quadrados. Em seu interior há três camas, um urinol, um cofre de madeira que contém cabrestos para cavalos e uma janela pequena. |
Também encontraram o eixo de uma carroça, o que sugere que os escravos usavam seu quarto como espaço de trabalho para consertar o veículo de seu amo e, ao que parece, uma das camas teria pertencido a um menino.
Além de albergar aos escravos, a pequena câmera funcionava também como armazém, como demonstra a presença de oito recipientes de armazenamento conhecidas como ânforas.
Contam os arqueólogos que a incrível conservação do local se deve à particularidade da enorme erupção do Vesúvio. A sala permaneceu revestida de cinerita, um tipo de rocha formada por cinzas vulcânicas. Sua impressão manteve-se intacta, o que permite aos pesquisadores criar moldes de gessos destes objetos antigos, assim como os moldes mais famosos das vítimas do vulcão.
Como explicou Gabriel Zuchtriegel, diretor geral do parque, trata-se de uma janela à precária realidade de pessoas que dificilmente aparecem em fontes históricas”:
- "É uma descoberta excepcional e certamente é um das descobertas mais emocionantes durante minha vida como arqueólogo", disse Gabriel. - "O verdadeiro tesouro aqui é a experiência humana, neste caso dos membros mais vulneráveis da sociedade antiga, da qual esta sala é um depoimento único."
O lugar do achado encontra-se na denominada vila Civita Giuliana, fora das muralhas da cidade de Pompeia, que foi escavada pela primeira vez em 2017. Desde então, descobriram vários achados impressionantes, incluído uma carruagem cerimonial e um estábulo. De fato, faz alguns anos a equipe do Parque Arqueológico de Pompeia conseguiu utilizar os restos de vida humana na vila e criar réplicas de moldes de gesso de dois humanos que morreram na erupção do Vesúvio.
Quanto às ruínas de Pompeia, foram descobertas pela primeira vez no século XVI, e até agora foram encontradas mais de 1.500 das 2.000 vítimas estimadas.
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