Em 1872 trabalhadores que cavavam um buraco para colocar o mastro de uma cerca na localidade de Meredith, no estado norte-americano de New Hampshire, perto das margens do lago Winnipesaukee (segunda foto), encontraram uma curiosa e estranha pedra enterrada. Entregaram-na a seu patrão, o empresário Seneca Ladd, e após sua morte passou a propriedade de uma de suas filhas, que finalmente a doou à Sociedade Histórica do estado. O artefato tem forma ovóide e mede mal uns 10 centímetros de altura por 6,4 de espessura, e pesa aproximadamente meio quilo. |
É de cor escura e apresenta vários símbolos talhados que parecem representar um rosto humano em sua parte frontal e outros mais abstratos, como setas invertidas, uma lua, pontos e um espiral, na parte traseira. Mas também, nas laterais, o que parece ser uma tenda e uma espiga de milho.
A pedra é perfurada por seu centro de cima a baixo, sendo o orifício superior de 3,2 milímetros de largura e o inferior de 9,5 milímetros, o que indicaria que foi perfurada a partir de ambos extremos, mas com brocas diferentes.
Desconhecem-se tanto a idade como a origem da pedra, e por suposto sua finalidade. No momento da descoberta pensaram que podia ser uma espécie de pedra sagrada dos nativos. Alguns opinam que se trata de um OoPArt (Out of Place Artifact), isto é, um artefato fora de lugar encontrado em um contexto incomum ou impossível, que desafia a cronologia da história convencional.
Outros acham que se trata de um hoax ou engano. Entre estes últimos, o arqueólogo Richard Boisvert, que analisou a pedra em 1994, sugeriu que os orifícios pareciam ter sido feitos com ferramentas modernas. Inclusive que foi colocada em um eixo metálico e removida várias vezes.
Seja como for, existem múltiplas teorias a respeito desta pedra de quartzito preta, que não se parece a nada que os arqueólogos tenham encontrado na América do Norte. Sua origem também já foi atribuída aos celta e inuítes. Também propuseram que foi criada para comemorar um tratado de paz entre tribos.
O historiador Joe Graveline acha que se trata de um objeto utilizado pelos nativos americanos para ajudar no parto. Segundo Graveline, após esquentá-la seria colocada no interior da parturiente para a ajudar a relaxar seus músculos. Também opina que o lugar onde foi encontrada era uma tumba, na qual teriam colocado a pedra como oferenda.
A hipótese mais aceita hoje em dia é que se trata da obra de um artesão desconhecido, realizada possivelmente no final do século XIX, e que de alguma maneira ficou enterrada -intencionadamente ou não- na margem do lago Winnipesaukee.
A pedra, que parece nunca passou por uma análise profunda -muito menos de datação por meios científicos- pode ser vista no Museu de História de New Hampshire, onde é um dos objetos favoritos dos visitantes.
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