Por que os pilotos de forças aéreas precisam treinar rasantes?

Comumente, o voo rasante refere-se a qualquer voo abaixo de 150 metros que pode ser praticado apenas em zonas designadas de voo baixo. É importante que o piloto seja exposto a operar próximo ao solo, não apenas quando forçado a voar baixo, mas também quando estiver voando em montanha. Manter uma boa consciência situacional deve eliminar a necessidade de voar baixo devido ao mau tempo. Ademais voar baixo melhora a percepção do terreno e o efeito do vento. A boa prática da aviação exige que um piloto nunca voe mais baixo do que o necessário, mas deverá fazê-lo em caso de necessidade. Por isso é necessário o treinamento.

Em um mundo de defesas aéreas cada vez mais sofisticadas, muitas aeronaves operam em altitudes tão baixas quanto 30 metros e em altas velocidades para derrotar radares de mísseis terrestres e evitar mísseis terra-ar sofisticados, artilharia antiaérea e caças inimigos.

Os pilotos devem ter longas horas de treinamento realista para se tornarem habilidosos em vôos de baixa altitude. Por isso é necessário ter muito mais horas do mesmo treinamento para permanecer proficiente. O treinamento de vôo em baixa altitude proporciona esse realismo e é considerado uma das maiores prioridades de treinamento das forças aéreas.

Por motivos de segurança e para minimizar perturbações ao público em geral, o treino da tripulação militar de baixo nível é limitado por um grupo de regras. Em 10 de junho de 2003, um piloto Chinook HC2 da RAF voou baixo sobre cavaleiros na zona rural de Lincolnshire, no leste da Inglaterra. Isso fez com que um cavalo se comportasse de forma incontrolável e resultou na morte do cavaleiro. Em um inquérito subsequente, a morte foi atribuída às ações do piloto enquanto operava sob regras inadequadas de voo baixo do Ministério da Defesa do Reino Unido. O ministério então realizou uma revisão de suas políticas e, como resultado, aumentou a altura mínima de voo.