Atletas participam da maratona mais fria do mundo, com 53ºC negativos, na Sibéria

Sessenta e cinco corredores, incluindo esportistas dos Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos e Bielorrússia, começaram a corrida na manhã da última segunda-feira (22/01) nas temperaturas extremamente baixas de Oymyakon, o Polo Frio da Iacútia. A equipe internacional de homens e mulheres correu a prova, e o vencedor foi Vasily Lukin, professor do Instituto Churapcha de Cultura Física e Esporte. Esta é sua segunda vitória na corrida extrema; este ano ele alcançou a linha de chegada em Tomtor em três horas e vinte e dois minutos.

- "Obrigado aos organizadores que conseguiram superar todas as complicações causadas pela pandemia!", disse Vasily. - "Eu adoraria ver mais corredores de toda a República de Sakha e do exterior em futuras maratonas."

O melhor resultado entre as mulheres foi com a local Marina Sedalischeva, que completou os 42 quilômetros em quatro horas e nove minutos.

Os vencedores da meia maratona foram Vasily Spiridonov, com 1 hora e 36 minutos, e Ulyana Barashkova, com 2 horas e 5 minutos.

Todos os vencedores receberam prêmios financeiros a partir de 7 mil reais; houve um prêmio especial para os dois participantes com mais de setenta anos.

Vários esportistas internacionais, como Akhmed Hussain Al Kaziri, dos Emirados Árabes Unidos, participaram da prova. Ele deveria competir entre corredores de 40 a 49 anos, mas seu resultado ainda não foi divulgado.

Moradores de Oymyakon e Tomtor vestidos com roupas quentes ficaram ao longo da pista para torcer pelos corredores. Esta é a terceira maratona em temperaturas extremamente frias organizada na Iacútia.

Este ano foi dedicado ao 100º aniversário que a República de Sakha se tornou autônoma dentro da antiga União Soviética e 80 anos da campanha aérea de Alsib.

Aeronaves feitas nos Estados Unidos foram transportadas de Fairbanks, no Alasca, para Krasnoyarsk, na Sibéria, e mais a oeste para combater na Frente Oriental da Segunda Guerra Mundial.