Nós tendemos a pensar no reino vegetal como um reino benigno, onde a vida é capaz de florescer sem ter que recorrer aos instintos mais básicos encontrados em muitos animais, como matar para se sustentar. No entanto, essa caracterização seria totalmente enganosa porque excluiria automaticamente as quase 600 espécies conhecidas de plantas carnívoras que dependem de capturar e matar suas presas para sobreviver. Algumas usam mecanismos tão complexos que parecem que forma projetadas por uma inteligência superior. |
Essas plantas carnívoras desenvolveram uma infinidade de mecanismos diferentes para prender suas presas, desde armadilhas de pressão -como a dioneia, que usa movimentos rápidos das folhas para matar- até armadilhas de queda -onde os insetos ficam presos no jarro escorregadio de uma planta e são então decompostos por enzimas digestivas-, mas algumas das espécies mais notáveis fazem uso de armadilhas de bexiga ou sucção.
É um mecanismo de captura verdadeiramente notável que permite que algumas espécies de utricularia, conhecida como planta-bexiga em inglês, inalem suas presas com uma força que é mais de 600 vezes a aceleração devido à gravidade, mas os cientistas não conseguem descrever como esse mecanismo realmente funciona.
As armadilhas de bexiga são consideradas algumas das estruturas mais complexas do reino vegetal. Eles são minúsculos, são ultrarrápidos em seu movimento de sucção e são complicados de pesquisar. Ainda existem muitos mistérios sobre como esses dispositivos funcionam.
A armadilha da utricularia.
As armadilhas de bexiga são exclusivas de um gênero de plantas aquáticas e terrestres conhecidas como utricularia. A maneira como uma bexiga funciona é bombeando constantemente a água de sua bexiga, o que cria um vácuo parcial dentro dela. Esse vácuo faz com que as paredes da bexiga sejam sugadas, o que armazena energia potencial como uma mola.
Neste ponto, a armadilha da bexiga está configurada e tudo o que precisa é que um invertebrado azarado acione as "alavancas" que se estendem da parte inferior da porta da bexiga. Isso faz com que o selo da bexiga se rompa, liberando a energia potencial e fazendo com que a presa da bexiga e um pouco de água sejam sugadas para ela, onde é decomposta com enzimas digestivas secretadas pela planta.
Todo o processo de captura leva apenas 1/100 de segundo, e essa velocidade extremamente rápida tornou o estudo dos mecanismos em funcionamento um processo muito difícil até agora. No entanto, os recentes avanços em microscopia e câmeras mais rápidas permitiram uma maior compreensão de como a bexiga é capaz de sugar com tanta força.
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