Águia ferida aprende a voar novamente

Quando uma águia-de-cabeça-branca (Haliaeetus leucocephalus) foi acidentalmente baleada em sua asa por caçadores de patos, o veterinário de Ontário, Canadá, Dr. Cliff Redford e a equipe do refúgio de vida selvagem Shades of Hope vêm em socorro para que o pássaro possa voltar a voar novamente. Este resumo em vídeo de quatro minutos mostra como o veterinário repara o úmero fraturado da ave de rapina, o principal osso da asa que vai do ombro ao cotovelo.

Com alguns meses de fisioterapia no refúgio, a águia-americana foi capaz de voar, primeiro em grandes abrigos e depois na natureza ao ser solta sobre o rio Niágara congelado.

As águias-carecas são voadoras poderosas planando e batendo asas por longas distâncias. Pese que não consigam levantar voo quando estão na água, elas também podem flutuar e usam suas asas para "remar" grandes distâncias. Embora muitas vezes solitárias, as águias-carecas se reúnem às dezenas ou mesmo às centenas em poleiros comunais e locais de alimentação, principalmente no inverno. Esses grupos podem ser barulhentos, com pássaros brigando por posição e brigando por presas.

A recuperação da águia americana é uma história de sucesso de conservação espetacular, e os números aumentaram entre 1966 e 2015, de acordo com a Pesquisa de aves reprodutoras da América do Norte, a estimativa é que exista uma população global de reprodução em 250.000, com 88% passando parte do ano nos EUA, 31% no Canadá e 8% no México.

Uma vez abundante na América do Norte, a espécie tornou-se rara em meados de 1900, vítima de armadilhas, tiros e envenenamento, bem como falhas reprodutivas causadas por pesticidas. Em 1978, a ave foi listada para proteção sob a Lei de Espécies Ameaçadas.

Desde 1980, o tratamento mais gentil pelos humanos, juntamente com a proibição do DDT -a principal ameaça de pesticidas da ave-, levou a um ressurgimento dramático. No final da década de 1990, populações reprodutoras de águias americanas podiam ser encontradas na maior parte da América do Norte. Em junho de 2007, a recuperação da ave levou à sua remoção da lista de Espécies Ameaçadas.