110 anos após sua primeira e última viagem, lembramos o RMS Titanic e sua apregoada "inafundabilidade" como uma das ironias retumbantes da história marítima. Mas 1912 também viu o lançamento de outro navio recém-construído, mas malfadado, cujo nome se mostrou muito apropriado: Endurance, como foi rebatizado por Sir Ernest Shackleton quando ele o comprou para usar em sua Expedição Transantártica Imperial de 1914. Em janeiro do ano seguinte, o Endurance ficou preso no gelo do Mar de Weddell, na Antártida. |
Nos dez meses que se seguiram o navio foi sendo esmagado pelo gelo lentamente até que acabou afundando. Mas toda a sua tripulação sobreviveu, graças a Shackleton que os conduziu por mais de 1.300 quilômetros. Shackleton e seus homens foram celebrados por sua resistência, mas o Endurance passou mais de um século sem ser visto no fundo do oceano, até agora.
- "Uma equipe de aventureiros, arqueólogos marinhos e técnicos localizou os destroços no fundo do Mar de Weddell, a leste da Península Antártica, usando drones submarinos", escreve Henry Fountain, do New York Times. - "Lutando contra o gelo do mar e temperaturas congelantes, a equipe estava procurando por mais de duas semanas em uma área de 400 quilômetrso quadrados ao redor de onde o navio afundou em 1915."
O tempo acabou sendo gentil com o navio de Shackleton, mas a aparência relativamente intocada do Endurance não era inesperada, dada a água fria e a falta de organismos marinhos carnívoros no Mar de Weddell que devastaram naufrágios em outros lugares.
Você pode vislumbrar Endurance em seu túmulo aquático no vídeo da Marine Technology TV no vídeo acima. Mas você também verá muito mais de outro navio impressionante: o Agulhas II, o quebra-gelo sul-africano usado pela Endurance22, como foi chamada a expedição de pesquisa de US$ 10 milhões. Quaisquer que sejam os desafios apresentados por finalmente rastrear o Endurance, seu peso não foi suportado por aquele poderoso navio.
- "Além de algumas falhas técnicas envolvendo os dois submersíveis e parte de um dia passado no gelo quando as operações foram suspensas, a busca prosseguiu de forma relativamente tranquila", relata Henry.
A natureza desta expedição, especialmente no uso de submersíveis para observar os destroços sem perturbá-los, pode trazer à memória o documentário "Titanica" de 1992, que nos surpreendeu com a primeira vista de perto do Titanic afundado.
Considerando os avanços na tecnologia exploratória e fotográfica nas três décadas desde então -e a própria condição do Endurance- o filme que eventualmente resulta da Endurance22 deve nos surpreender mais uma vez.
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