OMS estima em 15 milhões as mortes derivadas da pandemia

A Organização Mundial da Saúde tem atualizou sua estimativa de mortes associadas com a pandemia de covid-19. O número, derivado do excesso de mortalidade dos países do mundo entre 1 de janeiro de 2020 e o 31 de dezembro de 2021, situa-se entre 13,3 e 16,6 milhões de pessoas. A estimativa de 15 milhões de mortes, 2,5 vezes maior do que mostram as cifras oficiais, foi calculada como a diferença entre o número de falecimentos que ocorreram durante os primeiros dois anos da pandemia e as mortes projetadas a partir dos dados de anos anteriores.

Este cálculo inclui as mortes associadas diretamente com a covid-19 e as mortes vinculadas indiretamente com a doença, tanto pelo impacto da pandemia nos sistemas de saúde como na sociedade.

Muitas pessoas deixaram de ter acesso a um tratamento adequado para outras doenças porque os sistemas de saúde estavam saturados pela pandemia. Ao mesmo tempo, o excesso de mortes pode ter sido afetado pelos falecimentos que foram evitados durante a pandemia devido ao menor risco de que ocorressem eventos como acidentes de trânsito ou lesões trabalhistas.

Países como Estados Unidos, Brasil, Índia, Rússia e México têm os maiores números de mortes. O Brasil superou as 664 mil mortes (121 ontem). No ranking da vacina nosso país ocupa o posto 26 no mundo, com 87% da população com pelo menos uma dose, 77% com duas e 43% com dose de reforço.

Os Estados Unidos superou recentemente o milhão de mortes causadas pela covid-19, a pior cifra oficial no mundo. É um dos países ricos com menor taxa de vacinados, e ocupa o posto 63 no mundo em número de vacinas, com 78% da população com pelo menos uma dose, 66% com pauta completa e 30% com dose de reforço.

Outros países têm números mais altas por número de habitantes, como Peru, Bulgária e Bósnia e Herzegovina. O Peru, por exemplo, informado um total de 213 mortes, 630 para cada 100.000 habitantes.

Mais de 5,16 bilhões de pessoas em todo o mundo receberam pelo menos uma dose da vacina Covid-19, o equivalente a cerca de 67,2% da população mundial. Este mapa acima mostra a grande lacuna entre os programas de vacinação em diferentes países.