Clive Wearing vive a vida 7 segundos de cada vez. Isso porque ele tem amnésia retrógrada e anterógrada, o que significa que ele não tem capacidade de formar novas memórias e não se lembra de nada de sua vida anterior, desde que em 1985, um simples caso de herpes atravessou a barreira hematoencefálica. Isso fez com que Clive não possa se lembrar do passado nem criar novas memórias, devido ao dano que o vírus causou em seu hipocampo, a parte do cérebro que transfere memórias de curto para longo prazo. Para ele não há Não há diferença entre o dia e a noite. Nenhum pensamento. Sem sonhos. Dia e noite, a mesma coisa... em branco. |
Clive não consegue se lembrar de sua infância ou de seus filhos de um casamento anterior. Sempre que vê sua esposa, ele a cumprimenta como se estivessem separados por muito tempo. Clive comparou sua memória apagada a acordar de um coma. No entanto, de alguma forma, ele lembra instintivamente como tocar música e o quanto ele ama sua esposa.
Clive falou sobre sua condição no filme de Jane Treays de 2005, "The Man With the 7 Second Memory". Um documentário triste, mas fascinante, profundamente triste e profundamente injusto. Clive já foi um famoso maestro na década de 1980 e quando foi atingido pelo vírus que dizimou seu cérebro, na época, ninguém sabia que ele se tornaria o caso mais grave de amnésia já registrado.
Décadas depois, ele não consegue mais guardar uma memória, a única pessoa que ele reconhece é sua esposa Deborah e a única lembrança que resta é sua capacidade de tocar música. Este filme olha para sua vida agora para ver o que aconteceu com ele desde então.
Quando vi o documentário em 2007, isso tinha um valor de curiosidade suficiente para me fazer assistir, mas acho que não estava preparado para o quão estridente e envolvente é. O principal obstáculo com o qual o filme luta é que ninguém pode realmente imaginar como deve ser a vida de Clive. Será que ele sabe o que o levou a ser assim? O filme supera isso muito bem e pinta um quadro de dor e amor que é envolvente e inacreditável.
A história é apresentada como um documentário de TV muito básico e, portanto, mergulha no assunto, mas na verdade eles poderiam ter feito três entrevistas e depois deixado a câmera no quarto de Clive e ainda teria sido fascinantes. O assunto é tão forte que proporciona uma ótima visualização, mesmo que não haja respostas ou esperanças em qualquer lugar.
Teria sido fácil fazer disso um show de horrores de circo, mas consegue ser respeitoso e equilibrado. Uma coisa rara para um reality show da TV. É muito comovente, muito injusto e, como diz Deborah a certa altura, "é tão triste".
Enfim, um filme fascinante sobre um assunto fascinante, mas deprimente. Eu assisti incrédulo e só podia imaginar a dor que um vírus causou a Clive e toda a sua família por décadas. Não ajudou muito que a única coisa que eu pude concluir do filme foi que a morte teria sido infinitamente preferível a isso. Aqui está o documentário completo de 2005.
Se você se interessou pelo caso, o youtuber Joe Scott, do canal Answers With Joe, recentemente analisou profundamente Clive Wearing, vislumbrando sua vida de intermináveis salas e corredores estranhos, cheia de gente estranha que sabe seu nome... E ele não tem ideia de que conhece tudo e todos.
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