As expectativas depois dos resultados obtidos com um pequeno ensaio de fármacos nos Estados Unidos não podem ser mais altas. O promissor avanço mostrou que o câncer de todos os pacientes tratados no experimento entrou em remissão com sucesso. Tal e como contam os pesquisadores, a nova terapia contra o câncer que se dirige a um "escudo" que protege aos tumores do sistema imunológico surpreendeu ao fazer que todos os participantes do ensaio fossem curados. A terapia evitou que os 16 participantes com câncer de reto avançado precisassem quimioterapia, radioterapia ou cirurgia. |
- "Acho que esta é a primeira vez que isto ocorre na história do câncer. É inaudito que apenas um medicamento provoque que 18 pacientes diferentes sejam curados", segundo explicou o oncologista Luis Diaz, autor do estudo, no New York Times.
Quanto à chave, o fármaco em questão é um anticorpo monoclonal anti-PS-1 chamado dostarlimab. PS-1 é uma proteína que forma um complexo com PS-L1 que se expressa no exterior das células tumorais. Atua como um "escudo”"do sistema imunológico, dizendo às células que não devem atacar o tumor e lhe permitindo crescer sem controle. Pode parecer uma proteína totalmente inútil, mas evita que as células T ataquem outras células que não deveriam. As células cancerosas podem cooptar a PS-1 para usos nefastos, o que lhes permite passar despercebidas para o sistema imunológico.
Contam os especialistas que ao descobrir esta via, teorizaram imunoterapias que inibem PS-1, o que desbloquearia o potencial das células T para reconhecer e destruir células cancerosas.
Assim foi como começou o pequeno ensaio de fase 2, com um grupo de 16 pacientes com câncer colorretal deficiente no reparo de erros de emparelhamento para tomar um curso de seis meses que incluía nove ciclos de dostarlimab. Dos 16, 12 completaram o tratamento, enquanto quatro ainda estavam fazendo.
Resultados? Os 12 participantes que completaram mostraram uma resposta clínica completa de 100% -o câncer já não era detectável mediante uma série de testes-. Após um encontro de rastreamento de 12 meses, os 12 pacientes não tiveram recorrência da doença e os 16 pacientes ainda estavam vivos. Ademais, não informaram efeitos adversos graves, ainda que 12 pacientes experimentaram um evento adverso de algum grau, mais comumente uma erupção ou fadiga.
Resultados que não podem ser mais alentadores e que agora serão o ponto de partida para ensaios de maior escala com os que prognosticar que, agora sim, estamos ante um avanço enorme na luta contra o câncer.
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