Os sapos do gênero Brachycephalus, um grupo de pequenos anfíbios brasileiros também conhecidos como sapinhos-pingo-de-ouro, em realidade, até que são ágeis saltando para cima; a queda que é desastrosa. Aparentemente, o sistema vestibular de seus ouvidos internos, que orienta o equilíbrio nos vertebrados, são muito pequenos para fornecer um bom equilíbrio. Dessa forma eles simplesmente não podem controlar suas aterrissagens, como concluiu um estudo publicado recentemente na Science Advances. |
A miniaturização evoluiu repetidamente em sapos nos ambientes úmidos de serrapilheira das florestas tropicais em todo o mundo. As rãs miniaturizadas estão entre os menores vertebrados do mundo e exibem uma série de características enigmáticas.
Uma área onde a miniaturização tem consequências previsíveis é o sistema vestibular, que atua como um giroscópio, fornecendo informações sensoriais sobre movimento e orientação. O sistema vestibular dos sapinhos-pingo-de-ouro são os menores registrados para vertebrados adultos, resultando em baixa sensibilidade à aceleração angular devido ao deslocamento insuficiente da endolinfa.
Quando os animais se movem, um fluído no ouvido interno chamado endolinfa se move com aceleração angular, fazendo cócegas nos receptores que permitem às criaturas se manter equilibradas e orientadas espacialmente.
A equipe assim postula que os canais auditivos dos sapos são tão pequenos que o atrito entre a endolinfa e as paredes do ouvido reduz sua sensibilidade à aceleração angular. Imagine só saltar de um trampolim e não poder sentir em que direção você está indo ou quão rápido.
Em vôo, os sapinhos com sistemas vestibulares restritos não podem manter seus narizes para baixo durante o vôo e se lançam para cima até se esparramar no solo, primeiro com as patas traseiras estendidas. No artigo, os pesquisadores postulam que as patas estendidas são provavelmente a forma que o sapo reduz sua rotação em vôo, evitando que faça uma aterrissagem ainda mais atrapalhada.
Ainda assim, os pingos-de-ouro aterrissaram de cabeça em mais de um terço dos saltos de testes, apesar de suas pernas estendidas.
Como a maioria dos sapinhos-pingo-de-ouro se movem caminhando lentamente pelo solo, a equipe sugere que provavelmente usem os saltos rebeldes como um meio para escapar dos predadores. Muitos predadores precisam ver o movimento para capturar suas presas. Só que quando o sapinho volta a cair ao solo, pode permanecer quieto até por 30 minutos, mantendo as pernas esticadas e, às vezes, permanecendo de boca para cima. Imóveis no solo da mata, os sapos se misturam a vegetação.
Portanto, a equipe acha que os animais usam os saltos desajeitados como mecanismo de defesa. Em vez da habilidade atlética, confiam na camuflagem. São a viva imagem da perseverança: sabendo que farão uma aterrissagem forçada, a sobrevivência dos sapinhos-pingo-de-ouro trata do jogo em longo prazo.
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