Relembrando uma das melhores cenas de 'Casablanca' em homenagem ao Dia da Bastilha

Na última sexta-feira os franceses comemoraram a queda da monarquia e o estabelecimento da França como República. É um bom momento para revisitar uma das cenas mais emocionantes do filme "Casablanca", em que patriotas franceses no Rick's Cafe American suplantam os alemães cantando a "Marselhesa". Infelizmente esse não é um caso de que a vida imita a arte ou vice-versa, já que a França de Vichy, governada pelo autoritário Marechal Pétain, é uma das páginas mais desonrosas e indignas da história francesa.

Em 1942 mais de 13 mil judeus -mais de 4 mil crianças- foram deportados da França para campos de concentração. É um dos episódios mais esquecidos do Holocausto. Foi um dos crimes de guerra mais graves cometidos pela França durante a Segunda Guerra Mundial e, graças a ele, Philippe Pétain foi julgado no fim do conflito. O júri condenou-o à morte, mas devido à sua idade avançada, o Tribunal pediu que a sentença não fosse realizada.

A Warner Brothers lançou uma versão fortemente editada de "Casablanca" na Alemanha Ocidental em 1952. Todas as cenas com nazistas foram removidas, juntamente com a maioria das referências à Segunda Guerra Mundial. Pontos importantes da trama foram alterados quando o diálogo foi dublado em alemão. A versão da Alemanha Ocidental foi 25 minutos mais curta que o filme original. Uma versão alemã de "Casablanca" com o enredo original só foi lançada em 1975.

Quanto as comemorações que marcam o início da Revolução Francesa em 14 de julho de 1789, este ano ocorrem após a grave violência urbana do país, depois da morte de um adolescente pela polícia, que expôs a raiva desigualdade arraigada e discriminação racial.

Nem todos sentiram o espírito de "liberdade, igualdade e fraternidade" supostamente incorporado pelo Dia da Bastilha, com os meios de mprensa relatando que 97 pessoas foram presas por violência urbana e 218 carros foram incendiados no país.

Diante do risco de ocorrência de um novo surto de distúrbios como os tumultos que duraram uma semana desde o dia 27 de junho, o governo francês mobilizou um número excepcional de 130 mil policiais para o feriado nacional. As tradicionais exibições de fogos de artifício foram proibidas em algumas cidades, e bondes e ônibus pararam após o anoitecer em toda a França.