Corvo resgatado se recusa a deixar a casa da sua salvadora

Quando um bebê corvo desnutrido e rejeitado veio ao seu escritório, a veterinária Linnett Lee decidiu que ele deveria ir para casa com ela para que pudesse deixá-lo forte o suficiente para ser solto de volta na natureza. O corvo, a quem Linnett chamou de Walter, decidiu o contrário. Ele se sentiu tão confortável na casa dela que até fez amizade com os cachorros de Linnett. Então ele não viu necessidade de ir embora.

Por ser uma ave silvestre, Linnett não conseguia pensar nele como um animal de estimação e o criou ao ar livre. Com o tempo ele passou a grasnar toda manhã na janela do quarto de sua salvadora, tanto quanto bicar o vidro para acordá-la, quando quer entrar em casa.

Em bom lembrar nesse caso, que as vocalizações dos corvos são voluntárias. Ao contrário de outras espécies de aves -que cantam ou piam em resposta automática a certos estímulos-, os corvídeos podem modular os sons que emitem com base em suas intenções. Então, quando os corvos grasnam, pode-se dizer que eles não fazem isso sem motivo.

- "Nós tentamos libertá-lo, ele não queria ir e agora ele está aqui todos os dias", diz Linnett. - "Tivemos que soltá-lo suavemente em nosso quintal. Temos uma propriedade de um acre aqui na costa, então ele foi capaz de andar por aí e ser o seu eu normal. Oh, bem, ele tem estado solto desde então."

Mas apesar de seus hábitos irritantes, Walter conquistou o coração de Linnett.

- "Por mais que ele seja uma ave selvagem, eu o amo muito e fico preocupado se ele se afasta um pouco demais ou se não consigo encontrá-lo. Mas ele parece ficar por perto, o que é bom", diz ela.