É praticamente impossível caminhar pela passagem de flores de glicínias no Jardim Kawachi Fuji em Kitakyushu, Japão, sem imaginar uma elegante princesa e seu corcel branco de um chifre empinando ao seu lado. Ademais poucas coisas se comparam a passar por um túnel como esse. A sensação de compressão, escuridão e luz em crescendo constituem um microcosmo de morte e nascimento. O túnel é a promessa de um possível espaço-tempo diferente, de sair do outro lado -como um coelho interdimensional- e descobrir que algo mudou. |
A planta que dá nome a essas passagens dos sonhos é conhecida como Wisteria, um gênero de plantas com flores na família das leguminosas, que inclui dez espécies de trepadeiras ornamentais lenhosas que são nativas da China, Japão, Coréia e Vietnã, mais conhecidas popularmente como glicínias.
De acordo com sua descrição botânica, as glicínias escalam outras plantas ou estruturas semelhantes usando seus galhos, em forma de espiral, podendo atingir até 20 metros de altura e 10 metros de lado.
Facilmente treinadas, as trepadeiras tendem a atingir a maturidade em poucos anos, quando florescem em longas cascatas de flores de lavanda de vários tons pastel.
Existem cerca de 150 plantas de glicínias floridas de cerca de 20 espécies que criam este famoso túnel de flores coloridas.
Há um disse-que-disse sobre quem realmente nomeou a planta: uns dizem que foi o botânico americano Thomas Nuttal em homenagem ao anatomista americano Caspar Wistar.
Outros por sua vez dizem que foi o botânico e geólogo português José Francisco Correia da Serra, amigo íntimo de Caspar Wistar, que batizou a videira para comemorar essa amizade.
Como a grafia é aparentemente deliberada, não há justificativa para alterar o nome do gênero sob o Código Internacional de Nomenclatura Botânica. No entanto, alguns puristas soletram o nome comum da planta "wistaria".
Outra denominação equivocada é "glicínia", que na realidade também é um gênero da família das leguminosas com 30 espécies, cujas flores também têm pétalas cor de lavanda -talvez daí a confusão-, mas são menos abundantes na florescência
Por causa de sua resistência e tendência a se alastrar como erva daninha, essas glicínias podem ser consideradas espécies invasoras, devido à sua capacidade de ultrapassar e sufocar outras espécies de plantas nativas.
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