A serpente arco-íris: a píton-de-lábios-brancos

No que diz respeito às cabeças, esta é impressionante. Pertencente à píton-de-lábios-brancos brilhantemente iridescente, esta cobra é tão única quanto bonita. Encontrada em toda a Nova Guiné, inclusive nas ilhas de Salawati e Biak, Normanby, Mussau e Emirau, a píton-de-lábio-branco (Bothrochilus albertisii), também conhecida como píton-de-Albertis -em homenagem ao explorador italiano Luigi D'Albertis-, é uma cobra grande e não venenosa, cujas fêmeas podem atingir mais de 2 metros de comprimento. Também houve relatos de avistamentos nas pequenas ilhas do Estreito de Torres.

As escamas da cobra são quase totalmente sem padrão, exceto pelas faixas brancas distintas que correm ao longo de sua boca. Seu corpo é de uma rica cor dourada.

O que falta a esta espécie em padronização é compensado pelo brilho do arco-íris. Assim como as cobras-do-raio-de-sol do sudeste da Ásia, a iridescência da píton-de-lábio-branco é causada por nanoestruturas nas escamas chamadas iridóforos, que contêm camadas microscópicas que refratam a luz conforme ela salta entre elas.

Essa refração cria um brilho intensificado por uma camada de pigmentação escura que corre sob a superfície das escamas, dando às escamas da píton-de-lábios-brancos um tom violeta que contrasta lindamente com o dourado.

Anteriormente classificada como Leiopython albertisii -e você ainda verá referências a esse nome hoje-, a píton-de-lábio-branco tende a ser agressiva na natureza, mas pode ser bastante dócil quando criada em cativeiro.Não é nenhuma surpresa que a espécie seja a favorita entre alguns colecionadores.

Embora a espécie não esteja ameaçada, sua população está em declínio, então é definitivamente uma espécie a ser observada de perto.