Cientistas usam implantes cerebrais para ajudar pacientes a recuperar sua independência

Por muitos anos, os neurocientistas vem pesquisando como podem usar a tecnologia para melhorar a vida de pessoas que sofrem de paralisia e outros problemas médicos graves. Normalmente, isso envolve um chip implantado no cérebro do paciente que pode traduzir pensamentos em ações. Uma empresa que lidera o caminho é a Blackrock Neurotech. Com sede em Salt Lake City, capital do estado norte-americano do Utah, eles já implantaram cinquenta chips em pacientes em um esforço para ajudar uma ampla variedade de distúrbios neurológicos.

Eles têm vários dispositivos diferentes, conhecidos como arrays, que podem ser usados para tratar de tudo, desde perda auditiva e epilepsia até paralisia e lesão cerebral traumática. Em 2014, quatro de seus arrays foram implantados em Nathan Copeland, que se envolveu em um grave acidente de carro uma década antes, no qual sofreu uma grave lesão na coluna.

Duas das matrizes foram colocadas na parte do cérebro responsável pelo processamento de informações sensoriais e outras duas foram implantadas na área que controla as funções motoras. As matrizes, que são feitas de silício duro revestido com um metal condutor, parecem pequenas escovas de cabelo quadradas equipadas com 100 agulhas.

Natahn é pioneiro na tecnologia, com seus implantes durando muito além da expectativa inicial de cinco anos. Na verdade, ele detém o recorde de implante crônico mais longo. De acordo com a Blackrock Neurotech, Nathan obteve feedback sensorial devido à tecnologia.

Graças aos eletrodos, ele conseguiu usar um computador, jogar videogame e mover um braço robótico usando apenas seus pensamentos.

- "Quando você sofre um acidente como o meu e fica limitado ao que pode fazer e ao que pode interagir em seu ambiente, fazer algo assim é muito legal e gratificante", compartilhou.

Nathan tem sido um dos rostos mais visíveis da tecnologia, até compartilhando um memorável soco com o então presidente Barack Obama em 2016 durante uma visita à Casa Branca. Embora ainda haja muitos obstáculos a serem superados antes que esses tipos de implantes estejam disponíveis para um público mais amplo, a tecnologia está avançando.

Embora possa parecer futurista, a capacidade da ciência de ajudar esses pacientes a ganhar mais independência é um avanço incrível em termos de qualidade de vida.