Como era um jovem há 35.000 anos? O DNA moderno e a tecnologia de modelagem por computador podem nos dar uma ideia boa, embora imperfeita. Dois pesquisadores brasileiros -o arqueólogo Moacir Elias Santos e o designer 3D Cícero Moraes- publicaram recentemente uma impressionante reconstrução facial forense de um homem que percorria o Egito caçando e coletando muito antes das pirâmides e faraós. Começando com um crânio antigo, o rosto paleolítico que eles criaram é baseado na ciência com tomada de decisão artística. Isso permite que os espectadores se sintam próximos a esse ser humano histórico. |
Via: Moacir Elias Santos e Cícero Moraes, CC BY 4.0
A equipe partiu de um esqueleto descoberto em 1980 em Nazlet Khater 2, um sítio arqueológico no antigo Egito. O esqueleto estava praticamente completo, exceto por alguns pés e partes das mãos. O antigo Homo sapiens teria 1m65 de altura e provavelmente tinha entre 17 e 29 anos.
Ele é de ascendência africana e teria caçado e coletado em um estilo de vida nômade. O esqueleto está atualmente no Museu Egípcio no Cairo, e desde então foi descoberto que ele tem cerca de 35.000 a 30.000 anos. Isso ocorre no Paleolítico Superior, na época em que surgiram os primeiros assentamentos humanos modernos e a arte figurativa.
O esqueleto é anterior ao primeiro faraó em mais de 25.000 anos. Para recriar seu rosto, os pesquisadores começaram com fotografias de seu crânio.
Via: Moacir Elias Santos e Cícero Moraes, CC BY 4.0
- "O crânio, em linhas gerais, tem uma estrutura moderna, mas parte dele tem elementos arcaicos, como a mandíbula, que é muito mais robusta que a dos homens modernos", disse Cícero. - "Quando observei o crânio pela primeira vez, fiquei impressionado com aquela estrutura e ao mesmo tempo curioso para saber como ficaria depois de abordar o rosto."
Usando uma técnica chamada fotogrametria, a equipe primeiro reconstruiu digitalmente o crânio, que estava faltando um pedaço. Eles então adicionaram carne digitalmente. Existem algumas suposições e julgamentos neste processo, pois é impossível saber exatamente como a carne teria se colocado no osso.
Via: Moacir Elias Santos e Cícero Moraes, CC BY 4.0
Para equilibrar o científico e o artístico, eles criaram duas imagens. Uma é uma aproximação neutra, em tons de cinza e minimalista. O outro adiciona uma barba, olhos brilhantes e cores para dar vida à reconstrução. A equipe quer humanizar os antigos Homo sapiens, como o homem Nazlet Khater 2, mostrando como eles poderiam parecer vivos. O resultado final é um rosto que você pode achar que reconheceria na rua hoje, na academia ou no escritório.
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