Uma lei que certamente soa como uma boa notícia foi aprovada na Europa. A União Europeia vai obrigar os fabricantes a desenvolverem smartphones mais sustentáveis. As regras obrigarão as grandes empresas de dispositivos móveis a tornar as baterias mais fáceis de substituir, fornecer atualizações de software por mais tempo e usar mais materiais reciclados em seus produtos. A rápida mudança dos dispositivos móveis tornou-se um dos grandes problemas ecológicos do planeta, devido ao grande número de unidades que são produzidas e ao tipo de materiais com que são construídas, incluindo metais raros que podem ser muito tóxicos para o meio ambiente. |
Atualmente os fabricantes de smartphones tornam suas baterias difíceis de substituir e permitir que os usuários troquem suas baterias é uma das medidas mais importantes sem sombra de dúvida.
As novas regras rígidas -endossadas pelo Parlamento Europeu- podem salvar milhões de aparelhos do aterro. Todos os anos, mais de 150 milhões de smartphones são jogados fora. Tornar as baterias mais fáceis de substituir pode conter esse dilúvio de lixo eletrônico.
Os telefones existentes praticamente vedam as baterias dentro do aparelho, o que significa que substituí-las pode ser quase tão caro quanto comprar um novo telefone. Assim, as novas medidas ajudarão a quebrar esse ciclo de consumo desenfreado.
Além disso, a fabricação desses dispositivos geralmente emprega mão de obra muito barata em países onde os trabalhadores são explorados.
As novas regras facilitarão que os consumidores guardem seus dispositivos por mais tempo, o que reduzirá o impacto ambiental da produção e descarte de smartphones.
No entanto, a medida não virá sem complicações, pois poderá levar a um aumento dos preços dos smartphones. Também enfrenta o problema de que alguns dispositivos podem ter problemas para atualizar seus sistemas e permitir que os aplicativos continuem em execução.
Se os usuários não conseguirem usar alguns aplicativos em dispositivos mais antigos, isso certamente os levará a procurar comprar outro smartphone. O problema é que alguns fabricantes limitam deliberadamente a vida útil de seus próprios dispositivos para forçar os consumidores a comprar modelos mais novos.
Outra questão que uma política ecológica como essa enfrenta são os mecanismos da cultura de consumo e da idolatria do novo que fazem as pessoas sentirem um falso imperativo de ter a última versão. Seria melhor se a medida também conseguisse desacelerar a produção de novas versões.
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