Uma família em Maui diz que escapou da morte por pouco, vagando no Oceano Pacífico por cinco horas enquanto incêndios florestais e ventos de furacões rugiam ao seu redor. Milo Tomkinson, 13 anos, e seu irmão mais velho, Noah, 19, estavam tentando escapar da histórica cidade de Lahaina com sua mãe, quando as chamas começaram a se espalhar terrivelmente perto de sua casa. Quando perceberam que as chamas estavam próximas demais, tentaram fugir em seu carro, mas o tráfego estava bem congestionado na única estrada de acesso a sua casa. Quando notaram que não estavam se movendo seus cérebros entraram em modo de sobrevivência. |
Questionado sobre o que se passava em sua cabeça naquele momento, Noah disse que já estava planejando em sua cabeça o que fazer caso precisassem sair do carro. Não demorou muito para que eles percebessem que teriam que deixar o carro para trás. Eles tentaram procurar abrigo a pé, mas as chamas estavam por toda parte.
Como último recurso, quando o incêndio estava do outro lado da rua, eles decidiram pular no oceano e assim vagaram por eternas cinco horas e não estavam sozinhos pois várias pessoas tiveram que fazer o mesmo. Noah sentiu que era seu trabalho manter os outros calmos, porque sua mãe começou a surtar quando não conseguiu respirar direito devido a fumaça.
Noah ajudou sua mãe a flutuar e, finalmente, quando as chamas começaram a diminuir e o céu escureceu, eles decidiram que era seguro voltar para a praia. Na areia o martírio da ventania insistia em surrar a família com todo tipo de objetos. Quando o vento acalmou um pouco, eles procuraram um novo abrigo em um dos poucos carros que não haviam pegado fogo.
Milo acho que eles não conseguiriam sair daquele carro, porque a fumaça estava completamente estagnada em todos os lugares, como um manto do qual ele não conseguiria sair. Mas finalmente perceberam um sinal de ajuda quando ouviram sirenes à distância. O incrível foi que o carro dos bombeiros estava a poucos metros e eles não viam nada devido a fumaça.
Três bombeiros os acompanharam até o estacionamento de uma loja, onde acabaram sendo apanhados por um policial em uma viatura, que os levou para outra área, onde pegaram um ônibus para um abrigo em uma escola em um lado mais seguro da ilha, onde estava o preocupado pai deles, David Tomkinson, 49, incapaz de se comunicar, sem nenhum sinal no celular.
Depois que se encontraram a primeira coisa que David notou foi o cheiro forte de fumaça de plástico.
- "Foi horrível, mesmo agora, ainda posso sentir o cheiro da fumaça neles depois de passarmos várias rodadas de xampu e tudo mais."
Destas cinzas, a família está voltando seu foco para ajudar a curar sua comunidade. David e Milo reuniram suprimentos e latas de gasolina e os entregaram no veleiro de um amigo para navegar até o lado oeste da ilha, onde muitas pessoas ficaram presas sem recursos.
A família Tomkinson pede a qualquer pessoa no continente que, por favor, não visite, dê tempo a Maui para reconstruir, mas considere doar dinheiro ou suprimentos. Olhando para trás em sua experiência, os meninos e a mãe corajosos dizem que todo o calvário ainda é incrivelmente surreal e quase difícil de acreditar que eles sobreviveram.
Um longo caminho para a recuperação está à frente de Lahaina, a vibrante e histórica cidade situada ao longo da costa oeste de Maui, que agora está em ruínas fumegantes. Cerca de 2.700 edifícios foram destruídos pelas chamas e pelo menos 101 pessoas perderam suas vidas.
Os esforços de busca e resgate para recuperar os corpos das vítimas, bem como os esforços de socorro para apoiar os milhares de sobreviventes deslocados, estão no centro do foco. Mas toneladas de detritos carbonizados precisarão ser removidas da ilha antes que as comunidades possam começar a se recuperar.
Mesmo depois que os destroços são limpos, a própria cicatriz da queimadura deve ser raspada para garantir que o solo esteja seguro; pelo menos 15 centímetros de solo normalmente devem ser removidos, para somente em seguida, as equipes testarem a terra em busca de uma série de metais pesados -cerca de 18 substâncias potencialmente tóxicas, incluindo cromo, arsênico, chumbo e zinco- para garantir que as propriedades possam ser devolvidas aos proprietários.
Embora o Havaí já tenha lidado com desastres antes, haverá desafios associados à adaptação à enorme necessidade desse esforço de limpeza. Certamente existem especialistas no Havaí que entendem o gerenciamento de resíduos sólidos e perigosos, mas eles não têm a experiência associada ao gerenciamento da remoção e descarte de detritos quando cidades inteiras pegam fogo.
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