Algumas árvores do gênero Terminalia têm a capacidade de armazenar água em seus caules durante a estação seca

A asna (Terminalia tomentosa), também conhecida como casca-de-crocodilo -devido ao padrão característico da casca-, nativa do sul e sudeste da Ásia na Índia, Nepal, Bangladesh, Mianmar, Tailândia, Laos, Camboja e Vietnã é uma parte proeminente das florestas decíduas secas e úmidas. A árvore chega a atingir até 30 metros de altura e tronco com diâmetro de 1 metro e sua casca é resistente ao fogo. A Terminalia possui um atributo notável: alguns membros da espécie armazenam água na estação seca. A água armazenada no caule é frequentemente usada como fonte de água potável no verão pelos habitantes da floresta.

Acredita-se também que tenha valor curativo para dores de estômago. A capacidade de armazenar água nos seus caules permite que estas espécies de Terminalia mantenham os seus processos fisiológicos vitais mesmo quando a água é escassa.

Durante os períodos de chuva ou quando há água disponível, elas podem armazenar o excesso de água em tecidos especializados dentro de seus caules.

Depois, durante os períodos de seca, podem recorrer a esta água armazenada para sustentar as suas atividades metabólicas e prevenir a dessecação. Quando chega um novo período de chuvas e há um grande armazenamento de água, a própria árvore vaza o excesso.

Uma pesquisa realizada no Parque Nacional de Bandipur, na Índia, mostrou que uma grande proporção de árvores armazena água e há um aumento dependente da circunferência na frequência e quantidade de armazenamento de água. O mecanismo e o significado ecofisiológico deste armazenamento de água não são conhecidos.

As folhas da asna são utilizadas como alimento para o bicho-da-seda-tasar (Antheraea paphia) que produzem a seda tussar, uma forma de seda selvagem grossa e mais forte comercialmente importante. A casca é usada medicinalmente contra diarreia. O ácido oxálico pode ser extraído dela. A casca e principalmente o fruto produzem pirogalol e catecol para tingir e curtir couro.

No Budismo Theravada, diz-se que uma árvore deste tipo foi usada como escada para alcançar a iluminação pelo vigésimo Buda Tissa, ainda que outros livros identificam a Azadirachta indica como a árvore de iluminação.