Macho de rã-comum-da-montanha desajeitado chega atrasado para a orgia no laguinho

Emergindo de um lago parcialmente congelado com mais de 2.500 metros de altura nos Alpes, as rãs-comuns-europeias (Rana temporaria) hibernam durante toda a temporada de neve. A absorção de oxigênio pela pele é suficiente para sustentar as necessidades das rãs frias e imóveis durante a hibernação. No final de junho, quando o gelo derrete no Maciço de Beaufort, na região francesa de Sabóia, elas partem em busca de parceiros e iniciam atividades de reprodução. As fêmeas têm apenas uma breve janela de tempo quente para depositarem ovos e os girinos se metamorfosearem em juvenis.

As rãs de clima frio crescem mais lentamente do que os seus parentes em áreas temperadas, mas vivem mais tempo: 12 anos, em comparação com 5 para as rãs das terras baixas, e assim crescem. Elas também são ativas durante as horas mais quentes do dia, ao contrário de seus parentes em outros lugares.

As rãs acasalam em uma posição chamada Amplexus, com o macho menor abraçando a fêmea por trás em um passeio que pode durar dois dias ou mais. À medida que ela põe óvulos, ele expele espermatozoides para fertilizá-los. Embora a postura dos ovos ocorra na primavera, os pares de rãs em lagos de montanha podem começar a hibernar em broadxus, um abraço de meses que pode proporcionar uma vantagem reprodutiva, permitindo o acasalamento o mais rápido possível quando o tempo quente chegar.

Os ovos das rãs de altitude elevada podem ser 30% maiores do que os das fêmeas das terras baixas, dando aos girinos uma vantagem inicial. Ovos e girinos de rãs da montanha desenvolveram resistência aos danos genéticos da radiação ultravioleta, um componente da luz solar que é mais intenso no ar mais rarefeito de grandes altitudes.

Em um clipe divertido da série Planet Earth III de David Attenborough, um macho de rã-comum-europeia recém-despertado nos Alpes Suíços corre ansiosamente com outros machos colina abaixo até o criadouro onde as fêmeas da espécie aguardam após a hibernação de inverno.

Infelizmente, nosso herói é meio desajeitado e acaba desviado do curso. Ele chega atrasado e desesperado tenta fazer um ménage à trois, mas o outro macho não gosta muito de ser amplexado e o desastrado quase desiste até ver uma fêmea também atrasada. É amor à primeira vista. E agora os dois vão manter este abraço por pelo menos 2 dias.

Estas rãs adaptaram-se a uma grande variedade de condições, aumentando a sua distribuição na maior parte da Europa. As rãs-comuns são encontradas em grande parte da Europa, no extremo norte até o norte da Escandinávia dentro do Círculo Polar Ártico e no extremo leste até os Urais, exceto na maior parte da Península Ibérica, no sul da Itália e no sul dos Bálcãs. Outras áreas onde a rã-comum foi introduzida incluem a Ilha de Lewis, Shetland, Órcades e as Ilhas Faroé. Também é encontrada na Ásia e no leste do Japão.