David Attenborough é atacado por cactos perigosos com 'espinhos de vidro'

A cholla-saltadora (Cylindropuntia fulgida) tem a fama de ser uma das plantas mais perigosas dos desertos onde habita. Seus ramos jovens são cobertos por espinhos amarelo-prateados de 2 a 3 centímetros, que escurecem para cinza com a idade. Esses espinhos formam uma camada densa que esconde os caules. Quando os espinhos caem de algumas partes, a cor marrom-escura da casca é revelada. O maior perigo da cholla fica oculto sobre a forma de farpas microscópicas e vitrificadas que tornam a remoção extremamente dolorosa. Quando os espinhos caem de algumas partes, a cor marrom-escura da casca é revelada.

O nome cholla-saltadora vem da facilidade com que os caules se desprendem ao serem escovados. Muitas vezes, o mais simples toque deixa uma pessoa com pedaços de cacto pendurados em suas roupas para serem descobertos mais tarde, quando estiver sentado ou apoiado neles.

O solo ao redor de uma planta madura geralmente fica coberto com caules mortos, e as plantas jovens nascem de caules que caíram do adulto. Eles se ligam aos animais do deserto e se dispersam por curtas distâncias. A megafauna extinta e peluda pode ter desempenhado um papel em sua dispersão histórica e mais difundida dessa maneira.

Abrindo novos caminhos visual e cientificamente graças à nova tecnologia, David Attenborough, de 95 anos, e sua equipe visitaram 27 países ao longo de quatro anos para documentar como as plantas vivem, morrem, lutam e aprendem a se reproduzir, assim como os humanos. Mas de todas as plantas com as quais eles se aproximaram, David enfrentou um encontro assustador e particularmente doloroso com a cholla.

O cacto, nativo das Américas do Norte e do Sul, é incrivelmente pontiagudo, e os espinhos semelhantes a vidro têm o hábito de ficar presos na pele, proporcionando uma experiência bastante desagradável.

- "Uma das alegrias de ir às locações é pensar em coisas horríveis para convencer David a fazer", disse o produtor executivo do Green Planet, Michael Gunton. - "Então o que fizemos, porque era muito perigoso, foi colocar uma luva de Kevlar e, ainda por cima, uma luva de soldador. Então você pode imaginar que essa é a melhor proteção possível. Assim David corajosamente colocou a mão dentro deste cacto cholla, conforme solicitado. E no meio do caminho, esses espinhos ainda conseguiram passar por esses dois pedaços de proteção."

O veterano locutor, que viajou para a Califórnia para estudar o cacto cholla, disse que ser atacado pela planta foi "doloroso", apesar das camadas de proteção, mas prova o quão cruel é esta espécie em particular.

Imagem ampliada de um espinho de cholla.

- "A cholla é realmente um perigo físico. Possui espinhos em rosetas muito densos, por isso apontam em todas as direções", disse David. - "E se você apenas roçar nele, os espinhos são como espículas de vidro, quero dizer, eles são tão afiados que entram em você e você realmente tem dificuldade para tirá-los! Então essa é uma planta realmente perigosa. A cholla é um agressor ativo."

Acontece que qualquer interação com o cacto cholla deve ser evitada a todo custo. A outra coisa que é tão desagradável e a razão pela qual todos os animais o evitam é porque não apenas perfura, mas também funciona como uma armadilha. Se você colocar a mão nela, não poderá remover os dedos. E infelizmente você pode encontrar sinais horríveis de animais que ficaram preso por ela.

Durante as secas, animais como o carneiro-selvagem e algumas espécies de veados, como o cervo-mula-do-deserto, dependem da fruta suculenta deste cacto para obter comida e água. Por crescerem em locais inacessíveis e hostis do deserto, as populações deste cacto são estáveis. A cambaxirra também é conhecida por fazer ninhos na cholla-saltadora.