Os colonos não apenas cultivaram a terra, mas também caçaram extensivamente o bisão americano. As tribos nativas americanas muitas vezes se encontravam em menor número em conflitos tanto com os colonos quanto com o governo dos EUA.
Na década de 1880, a maioria dos nativos americanos estava confinada em reservas, muitas vezes em áreas remotas. Muitos temiam que o seu estilo de vida tradicional estivesse sob ameaça de desaparecer para sempre.
Enquanto isso, fotógrafos pioneiros como Edward Curtis, Walter McClintock e Herman Heyn trabalharam para preservar a cultura nativa americana por meio da fotografia. Estas fotos antigas coloridas oferecem uma visão vívida de um mundo em mudança, que você pode explorar nesta coleção de fotos.
Edward Curtis, um fotógrafo de Seattle, sentiu uma necessidade premente de documentar a cultura nativa americana, sentindo que o tempo estava se esgotando. Quando chegou a algumas reservas, porém, descobriu que era tarde demais.
Muitas crianças nativas estavam em internatos, proibidas de usar suas línguas ou de praticar suas culturas, de fato, muitos deles nem podiam mais visitar seus pais.
Mesmo assim, Edward persistiu. Ele pretendia capturar o que considerava uma cultura em extinção através das lentes de sua câmera. Durante sua vida, Edward tirou mais de 40 mil fotos de nativos americanos.
Embora muitas vezes se concentrasse em aspectos tradicionais, incentivando seus modelos a posarem em roupas cerimoniais, Edward deixou um legado notável de trabalho. Mas Edward não foi o único fotógrafo interessado em preservar a cultura nativa americana. Walter McClintock, formado em Yale, também viajou para o oeste para fotografar esta rica herança.
Assim como Edward, Walter acreditava no uso da fotografia para preservar uma cultura à beira do desaparecimento e que podia usá-la para criar consciência sobre a condição dos índios. Ele também se concentrou nos aspectos tradicionais. Walter deu um passo a mais em comparação com Curtis ao adicionar cor às suas fotografias.
Entre 1903 e 1912, Walter tirou mais de 2.000 fotografias do povo Blackfoot em Montana. Ele enviou alguns de seus negativos para uma colorista de Chicago chamada Charlotte Pinkerton.
Usando as anotações de Walter, Charlotte adicionou cores cuidadosamente às suas fotografias, provavelmente usando técnicas comuns naquela época, como aplicação de pigmentos com óleo, verniz, aquarela ou corantes.
Walter exibiu suas fotografias coloridas usando uma "lanterna mágica", uma versão inicial dos projetores de imagem modernos. Este dispositivo projetava luz através de uma lâmina de vidro com uma imagem, criando uma imagem maior para impressionar o público.
Já a história de Herman Heyn é menos conhecida. Supostamente natural de Omaha, Nebraska, de 1880 a 1920, tudo o que se sabe é que ele passou um ano fazendo mais de 500 imagens de nativos americanos, principalmente Sioux, entre 1898 e 1899.
A maioria das fotos de Heyman acabaram fazendo parte das coleções de diversos museus americanos até que as cópias originais de suas fotografias documentais foram adquiridas pela Biblioteca do Congresso Americano. Esses retratos também podem ser encontrados na Coleção de fotos de nativos americanos de Oklahoma do Museu Gilcrease.
Tudo leva a crer que Herman era aprendiz do famoso fotógrafo alemão Frank Rinehart, porque a maioria de suas imagens estão associadas as coleções de Frank, que capturou personalidades e cenas nativas americanas, especialmente cenários de retratos de líderes e membros das delegações que participaram do Congresso Indígena de Omaha de 1898.
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