Já sabemos há muito tempo que a luz ultravioleta mata os vírus, mas nunca a usamos porque a luz ultravioleta é o que nos causa câncer de pele quando passamos muito tempo ao sol. Em outras palavras, é perigosa. Usamos protetor solar para nos proteger dos raios UV-A e UV-B do sol, mas também existe o UV-C, que tem um ponto estreito no espectro que não causa câncer chamado UV distante e que deu origem a um turbilhão de purificadores de ar com luz ultravioleta, mas eles podem mesmo matar vírus? |
Depois de analisar a maior plataforma de comércio eletrônico da China, pesquisadores encontraram dados sobre a intensidade da luz UV para purificadores de ar com luz UV e chegaram a conclusão que todos os produtos apresentados são ineficazes para matar vírus.
Estranhamente, essa descoberta sobre a UV distante foi feita em 2020, quando estávamos desesperados para matar o coronga. Então, por que não usamos UV distante em todos os lugares para matar vírus? Porque há outras dúvidas sobre sua segurança e eficácia, sem falar na relação custo-benefício. Ainda há muito a aprender sobre UV distante, mas a ideia em si é empolgante.
A tecnologia é chamada de luz ultravioleta germicida (LUG) e, em particular, um tipo relativamente novo de luz ultravioleta. Há muitos dados que sugerem que esta é, de longe, a tecnologia com maior impacto, quando se trata de proteger as pessoas contra doenças infecciosas, que existe hoje.
Os defensores desta tecnologia imaginam um mundo em que lâmpadas UV distantes sejam instaladas na maioria dos grandes espaços interiores onde as pessoas se reúnem, emitindo raios que matam vírus e bactérias transportados pelo ar, deixando os humanos ilesos.
Se tudo correr conforme o planejado, as creches deixarão de se espalhar em torno de norovírus e gripes; as infecções hospitalares despencarão; idosos e imunocomprometidos podem se reunir abertamente, sem máscara, sem medo de pegar alguma coisa. Em um mundo onde só a gripe impõe uma média de 6 bilhões de reais em custos econômicos por ano ao Brasil e a covid-19 custou ao país na ordem de 600 bilhões de reais, é uma visão quase utópica.
A próxima pandemia seria estrangulada no berço, incapaz de atingir os bilhões de pessoas que o SARS-CoV-2 atingiu porque estaria desativado a cada passo. Ao contrário de uma vacina, que precisa ser formulada de novo para cada agente patogênico emergente e depois tomada proativamente por todos os que estão em risco, o UV distante seria uma defesa passiva contra vírus respiratórios de todos os tipos, tanto os existentes como os que virão. As pandemias deixariam de ser uma ameaça regular para se tornarem algo do passado.
Esse é o plano, de qualquer maneira. Mas ainda há muito que não sabemos, nomeadamente sobre o que o brilho destas luzes faz ao ar que toca e o que isso poderia fazer aos humanos que respiram esse ar. É uma tecnologia com uma promessa incrível, mas onde acertar os detalhes dificilmente poderia ser mais crucial.
O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig ID: c048e5ac-0172-45ed-b26a-910f9f4b1d0a
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários