O espaço não é mais um sonho insustentável; é a base do futuro da humanidade. Desde satélites que fornecem comunicações e entretenimento, até à Estação Espacial Internacional (ISS), onde as experiências científicas produzem continuamente novos conhecimentos; à possibilidade de vida sustentável na Lua, expedições a Marte e mais além. O espaço é o nosso caminho a seguir e para manter uma vantagem competitiva em tudo, desde a segurança nacional à economia, é preciso conquistar o espaço. Mas você já se perguntou: " - por que diabos há uma nova corrida global para a Lua?" |
O Japão tornou-se recentemente a quinta nação a completar com sucesso uma alunissagem -ainda que sua sonda pousou de cabeça para baixo-, juntando-se a alguns países selecionados China, EUA, Índia e Rússia- na realização deste feito. Mas é provável que os pousos na Lua se tornem mais comuns nos próximos anos
A nível global, prevê-se que mais de 100 missões lunares, tanto de empresas privadas como de governos, sejam realizadas até 2030, segundo a Agência Espacial Europeia. A agência espacial russa Roscosmos anunciou planos de trabalhar com a China para construir um reator nuclear automatizado na Lua.
Então, por que todos esses países estão ansiosos nessa correria para voltar à Lua? A Lua é um campo de provas perfeito. A humanidade precisa chegar à Lua para aprender como viver no espaço e para aprender como utilizar os seus recursos. E esse é realmente o trampolim para todas as vastas riquezas do universo.
Algumas das riquezas que estes países e empresas procuram incluem metais de terras raras e, principalemnete, o isótopo hélio-3 -culpado pela corrida-, que, embora raro na Terra, é abundante na Lua e pode, teoricamente, ser utilizado para alimentar reatores de fusão nuclear (não fissão das usinas).
Ocorre a circunstancia de que toda forma de geração de energia que conhecemos, seja ela elétrica, fóssil, eólica ou solar, são acompanhadas de um malefício. A única livre de problemas é a geração de energia baseada em fusão nuclear. E o único elemento para fazer a fusão em forma estável é o hélio-3.
O japonês JT-60SA, o maior reator de fusão nuclear em operação no mundo.
É complicado, ainda não descobrimos muito bem como fazer isso, mas há muitas teorias sólidas sobre isso. Pesquisadores chineses, alemães, japoneses e britânicos estão em estágios bem avançados em estudos relacionados com a fusão nuclear, a mesma do sol, onde dois ou mais núcleos atômicos se juntam e formam um outro núcleo de maior número atômico.
Agora segure seu queixo para que não caia: o hélio-3 da Lua poderá fornecer energia à Terra... toda a Terra... durante séculos.
E depois há a presença de outro recurso natural vital que os países procuram: a água, crucial para a sobrevivência humana. No entanto, isso também não é mais um problema. Em 2018, a Missão Chandrayaan-1 indiana descobriu água na lua em forma de gelo. Ao quebrar o H2O temos oxigênio e hidrogênio, que pode ser transformado em combustível de foguetes, o que significa que a Lua poderá um dia tornar-se uma estação de reabastecimento para foguetes e um trampolim para uma exploração espacial mais profunda.
A China sai na frente desta corrida, porque ela é o único país do mundo que já tem um mapa de localização de hélio-3 e pode ir lá coletar. É nesse momento que chega um grande imbróglio. Supostamente o Tratado da Antártida poderia ser aplicado à superfície lunar, ou seja, os países podem usar como posto de pesquisa, mas não podem explorar riquezas. Tentem só imaginar a confusão que isto vai render.
Seja como for, quem conseguir estabelecer uma presença lunar significativa estar fazendo uma declaração sobre o seu sistema político, financeiro, social e econômico, sobre quem está à frente na competição geopolítica, ou melhor, astropolítica, ao resolver o maior problema atual da humanidade.
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