Um vídeo filmado perto do cume do Everest, a 8.800 metros, revela uma fila incrivelmente longa de montanhistas esperando em fila única pela sua vez de chegar ao topo do mundo. Subir o Everest, há muito tempo, é um item da lista de desejos dos aventureiros ricos, com um custo superior a 250 mil reais por pessoa. No entanto, com tantas pessoas fazendo tentativas a cada temporada, o Everest se transformou em uma atração turística lotada, cheia de gargalos e atrasos. De fato, também o pico se tornou o cemitério mais alto do mundo. |
Ainda que a Campanha de Limpeza de Montanhas deste ano tenha removido cerca de dez toneladas métricas de lixo e recuperado os corpos de quatro everestistas que morreram enquanto subiam ou desciam o monte, cuja localização era conhecida, estima-se que pelo menos 200 cadáveres congelados pontilham a montanha como lembretes sinistros dos perigos extremos do Everest.
Alguns críticos argumentaram que o governo nepalês está emitindo muitas licenças. Eles também criticaram empresas de orientação de escalada de baixo custo por aceitarem clientes inexperientes, reembolsarem mal os sherpas e se concentrarem muito pouco na segurança dos escaladores.
De acordo com um comunicado do Departamento de Turismo. Na temporada de expedições de 2024 no Monte Everest, pelo menos 570 alpinistas, incluindo guias de escalada, escalaram o pico até agora. A temporada viu vários novos recordes sendo estabelecidos. O montanhista britânico Kenton Cool superou seu próprio recorde ao escalar o Monte Everest 18 vezes, marcando o maior número de subidas por qualquer alpinista não-sherpa.
A everetista nepalesa Phunjo Jhangmu Lama recuperou o título de subida mais rápida do pico mais alto do mundo, alcançando o cume em 14 horas e 31 minutos. Ela completou a subida em 24 horas e 26 minutos. Esta conquista supera o recorde anterior de Ada Tsang Yin-hung, de Hong Kong, que escalou o Everest em 25 horas e 50 minutos.
O escalador polonês Piotr Jerzy Krzyzowski fez história ao se tornar a primeira e mais rápida pessoa a escalar o Lhotse e o Everest sem oxigênio suplementar, completando a façanha em 1 dia, 23 horas e 22 minutos.
Como todos os anos, o Everest nesta temporada também já viu sua cota de tragédias. O Departamento de Turismo confirmou, por enquanto, a morte de pelo menos seis montanhistas na rota do Everest nesta temporada, com outros três ainda desaparecidos. Ontem um sherpa chamado Lakpa Tenji, de 54 anos, faleceu no acampamento III depois de dizer que não se sentia bem após a descida. Seus colegas sherpas o ajudavam a descer.
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Comentários
Everest já deixou de ser um marco de conquista autêntico para ser um marco de quem tem mais dinheiro para ser levado até lá em cima. Absurdo ver isso. Sem contar o aumento no risco de mais tragédias com filas nestes lugares. Uma tempestade ou virada no tempo pegaria muita mais gente desprevenida. Good luck, fuckers.