Fotografias incríveis mostram o físico esculpido de mergulhadores que realizam um dos trabalhos mais perigosos do planeta. Os homens mergulham fundo em um rio de fluxo rápido para recolher areia do fundo 5 metros abaixo. Os musculosos membros das tribos africanas regularmente arriscam suas vidas mergulhando no leito do rio para coletar areia para a indústria da construção. A mineração artesanal é realizada por mineradores de subsistência que não são oficialmente empregados por uma empresa, mas trabalham de forma independente. |
Esses mineiros em Camarões, capturados pela câmera do fotógrafo Hugh Brown, trabalham coletando enormes quantidades de areia molhada no fundo do Rio Wouri cada vez que mergulham.
Os mineiros artesanais trabalham no sudoeste de Camarões, cujo estuário no Oceano Atlântico é a localidade de Douala, o principal centro industrial e portuário do país.
Acredite ou não, alguns deste homens não sabem nadar, ainda assim conseguem mergulhar em média pelo menos 100 vezes a cada turno. Chova ou faça sol: os mineiros têm de mergulhar cinco metros de profundidade para recolher areia para transportar pelo rio acima onde é então comercializada para uso na construção civil.
Os mineiros geralmente usam calções de banho, mas na maioria das vezes trabalham pelados mesmo no Rio Wouri, que se forma na confluência dos rios Nkam e Makomb em Camarões.
Existem cerca de 4.000 mergulhadores trabalhando nesse trecho do rio a qualquer momento. Eles usam baldes de aço de três quilos com furos no fundo para coletar a areia. Só chegar ao fundo e colocar areia no balde já é uma conquista incrível, imagine então trazê-la do fundo do rio.
- "Eles são pessoas incrivelmente fortes e têm os corpos mais definidas que já fotografei em qualquer lugar do mundo", disse Hugh.
- "Tive a sorte de terminar com o que acabou se tornando a equipe de seis homens mais forte entre todos os 4.000 mergulhadores de areia que trabalham no rio", segundo Hugh.
Ao chegarem ao fundo do rio, eles pegam cerca de 15 quilos de areia molhada e usam uma vara para se lançarem à superfície e despejarem a areia do rio na piroga. Todo este esforço lógico acaba transformando seus corpos.
Segundo os homens, há vítimas todos os anos com pessoas se afogando. Até mesmo os mergulhadores que são bons nadadores podem sucumbir, pois têm que lutar contra várias condições climáticas além da correnteza do rio.
Segundo o fotógrafo, os mergulhadores às vezes ficam tão exaustos depois de encher uma piroga que não têm mais forças para nadar. Por isso eles fazem intervalos para descansar quando o corpo começa a reclamar.
Estas fotos foram tiradas com a ajuda do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o programa da ONU que trabalha em cerca de 170 países e territórios, ajudando a erradicar a pobreza, reduzir desigualdades e exclusão.
A fotosérie visa mostrar as condições de serviço terríveis destes homens e desenvolver alternativas que possam melhorar as condições de serviço desate homens, como um sistema motorizado com tubos de sucção de areia.
O trabalho titânico não termina com a coleta de areia. No fim do dias estes homens devem remar rio acima com a canoa cheia de areia. Afogamentos também ocorreram quando eles acabaram na água na viagem de volta ao porto quando a canoa fez água.
Já ocorreram acidentes também quando mergulhadores avaliam mal a localização do casco do barco na água turva e são nocauteados quando emergem e batem a cabeça. À noite, isso é particularmente perigoso porque ninguém consegue vê-los no escuro e eles podem ser levados pelas marés.
O trabalho extenuante é difícil para o corpo e para a mente e os mergulhadores têm que se manter em boa forma para o trabalho, mesmo quando sofrem sangramento nos ouvidos, narizes e olhos devido às profundidades em que trabalham.
O fotógrafo pretende tornar as fotos o tema de um grande livro de arte fotográfica e também será o de um grande documentário.
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