Por que os esgrimistas olímpicos são presos a cabos?

Sintonize os eventos de esgrima nas Olimpíadas de Verão de 2024 em Paris e você notará um cabo preso ao uniforme de cada esgrimista. Parece quase uma coleira, como se alguém estivesse prestes a puxá-los para trás se eles avançassem muito. Mas avançar em direção ao oponente é o ponto principal e os esgrimistas não correm o risco de cair de uma grande altura. Então, qual é o problema? O cabo é preso ao que é conhecido como "cabo ou fio de corpo", e está lá para acompanhar a pontuação sem que nenhum atleta seja prejudicado na pontuação.

Com o esporte sendo tão rápido, é difícil determinar se houve um golpe, quem atingiu quem primeiro e se eles foram atingidos em uma área de alvo legítima. Os primeiros dias da esgrima dependiam da honestidade dos competidores, que gritavam touché! após serem atingidos, assim como dos juízes para determinar quem atingiu primeiro. Mas isso não era o ideal.

Em 1896, uma solução foi relatada; um golpe completando um circuito elétrico para alertar os juízes quando um competidor tinha sido atingido. É aqui que entra o cabo. Eles conectam sua arma aos sistemas de carretel e de pontuação.

Na esgrima de espada, a área alvo é o corpo todo (cabeça e pés incluídos), então não é necessário distinguir onde o toque ocorreu. Mas isso importa na esgrima de florete, onde a área alvo é apenas o tronco, e na esgrima de sabre com uma área alvo que se estende dos quadris à cabeça, lembrando um soldado de cavalaria montando seu cavalo.

Nesses eventos, os esgrimistas também precisam prender o cordão diretamente a uma jaqueta eletricamente condutora conhecida como lamé. Eles também têm um cordão de máscara, que conecta seu lamé a uma máscara elétrica .

A pontuação elétrica de uma forma ou de outra tem sido parte da esgrima por quase um século. Uma espada com condutibilidade elétrica estreou no esporte na década de 1930, um florete elétrico seguiu na década de 1950 e, finalmente, o sabre se tornou elétrico no final da década de 1980.