Instituto de pesquisa oceânica descobre 20 novas espécies ao longo da remota Cordilheira de Nazca

A cerca de 1.400 quilômetros da costa do Chile, ao longo da Cordilheira de Nazca, uma cadeia de montanhas submarinas, uma série de novas descobertas emocionaram os cientistas marinhos. Durante uma expedição de 28 dias, pesquisadores a bordo do navio Falkor do Instituto Oceânico Schmidt mapearam um monte submarino até então desconhecido ao longo da cadeia de montanhas da cordilheira, junto com outros nove. Isso incluía um jardim de corais imaculado de 800 metros quadrados. Em viagens anteriores, realizadas este ano, foram documentadas 150 espécies até então desconhecidas pela ciência.

Os picos subaquáticos e os leitos de corais fornecem lares para peixes-rocha, caranguejos-rei, estrelas-de-quebra-olhos e uma miríade de outras criaturas. Cientistas descobriram vinte espécies possivelmente novas nos dez montes submarinos que pesquisaram, além de capturar espécies raras em câmera pela primeira vez.

A equipe documentou uma lula Promachoteuthis viva, um gênero tão raro que apenas três espécies foram descritas com base em apenas alguns espécimes coletados, vários dos quais são do final dos anos 1800, diz uma declaração sobre as descobertas. Até agora, o gênero só foi caracterizado a partir de amostras mortas encontradas em redes.

Os cientistas também registraram o adorável polvo Gasparzinho, marcando a primeira vez que a espécie foi avistada no Pacífico Sul, e dois raros sifonóforos Bathyphysa, comumente conhecidos como monstros-de-espaguete-voadores.

Estendendo-se por milhares de quilômetros da costa do Chile até Rapa Nui a cordilheira é uma vasta cadeia de montanhas subaquáticas no Oceano Pacífico. 73% da região faz parte do alto mar, que está sob controle internacional e é amplamente inexplorado. A Cordilheira de Nazca é uma das regiões mais produtivas biologicamente do mundo e, graças aos pesquisadores, agora sabemos mais sobre a vida que prospera lá.

O instituto foi criado para promover a pesquisa, a descoberta e o conhecimento oceanográficos e, por meio de seus esforços incluindo um programa de residência, compartilhar informações sobre os oceanos do nosso planeta para melhor proteger e preservar os delicados ecossistemas.