Como o Zorro se tornou um ícone da história do cinema mundial?

Em 1919, o escritor Johnston McCulley publicou a história "A Maldição de Capistrano" com cinco capítulos, em uma revista barata americana. A história retratava o herói mascarado Zorro, o alter-ego de Don Diego Vegas, que com o tempo viraria Don Diego De La Vega, jovem membro da aristocracia californiana do século XIX, que decidiu se tornar o defensor dos "fracos e oprimidos". Um ano depois, cansado das comédias e dos filmes mudos de época enfadonhos, o ator e produtor Douglas Fairbanks decidiu apostar no gênero quase inexplorado em seu tempo: os filmes de ação.

Ele adaptou a história de Johnston como "A Marca do Zorro e o filme se tornou instantaneamente uma febre: um herói debochado, afeminado, esgrimista talentoso e defensor dos pobres.

Em função do enorme sucesso do filme, Johnston escreveu mais quatro novos romances do herói em revistas menos pulp, nos anos vindouros,com o mesmo título do filme: "A Marca do Zorro".

Além de reenergizar sua carreira e redefinir um gênero, Douglas ajudou a popularizar e assentar uma das criações duradouras da ficção americana do século XX; um personagem que foi o protótipo de heróis das histórias em quadrinhos.

O filme foi refeito duas vezes, uma em 1940, estrelado por Tyrone Power, e outra em 1974, estrelado por Frank Langella, e atualmente há uma boa trama com duplo twist sendo exibida na Amazon Prime.

Em 2015, a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos selecionou o filme para preservação no Registro Nacional de Filmes, considerando-o "culturalmente, historicamente ou esteticamente significativo".

As mentirinhas deste sucesso popular são que, na história original, Zorro nunca deixou uma marca para indicar suas ações -como a letra "Z", talhada com a espada-. No livro também não há nenhum "Sargento Garcia", consagrado na série dos estúdios Disney com Henry Calvin; ele se chamava Gonzáles.