
Andorinha-do-Ártico (Sterna paradisaea).
Mas eles não tinha nenhuma ideia de onde as aves iam. Por exemplo, um panfleto de 1703 sugeria que eles iam para a Lua. No entanto, alguns estudiosos se esforçavam para explicar por que algumas espécies de aves apareciam e desapareciam ao sabor da mudança das estações.
Homero, o escritor grego, e Plínio, o Velho, um naturalista romano, costumavam dizer que grous -uma espécie de pássaro que lembra em muito uma cegonha- voavam para o sul no inverno com o intuito de lutar contra os pigmeus da África. Estes, por sua vez, montados em cabras e carneiros, perseguiam as aves com flechas e lanças.
O que muitos não sabiam é que os dois homens, ainda que contando fábulas em seus tempos, não estavam totalmente errados. O primeiro indício sobre para onde as aves migravam no inverno. Ocorreu por volta de 1900, graças a técnica de um professor dinamarquês de prender anéis de alumínio às pernas das aves e então libera-las.
Para cada recaptura ou avistamento de uma ave marcada um ponto era posto no mapa, e logo, uma longa migração terrestre foi confirmada quando uma das primeiras evidências conclusivas de migração veio da Alemanha. Uma cegonha-branca gravemente ferida foi encontrada perto da aldeia alemã de Klütz, no estado de Meclemburgo-Pomerânia Ocidental.
O pescoço da cegonha fora perfurado por uma lança de 75 centímetros de comprimento. O exame da arma revelou que a lança era semelhante às usadas pelos caçadores na África Central, evidenciando que a cegonha havia chegado da África. A ocorrência foi fundamental na época para o entendimento da migração das aves.
Ocorreu por volta de 1822, graças a técnica de um professor dinamarquês de prender anéis de alumínio às pernas das aves e então libera-las.
A ave foi taxidermizada com a lança intacta e hoje está em exibição na Coleção Zoológica da Universidade de Rostock, na Alemanha. A criatura também deu origem a um novo termo, "pfeilstorch"", que significa "cegonha-flecha". Surpreendentemente, mais de 25 pfeilstorches, com lanças africanas embutidas em seu corpo foram encontradas até agora.
Entretanto marcação diz aos pesquisadores pontos da migração das aves, não o que acontece entre esses pontos. Pesquisadores começaram a ter uma visão melhor dessas migrações anuais, quando uma águia-americana em Maryland foi capturada em 1984 e foi encaixado um transmissor suficientemente forte para enviar sinal a um par de satélites em órbita.
O rastreamento dos satélites revelou detalhes de incríveis migrações, como a migração anual do fuselo-do-Alasca à Nova Zelândia, onde a ave percorre 11.000 km em torno de oito dias sem uma única parada.
Mas existe uma séria limitação à rastreamento por satélite: mesmo com a tecnologia moderna, transmissores potentes o suficiente para enviar sinais aos satélites ainda são muito pesados para as pequenas aves. Uma pequena melhoria é usar gravadores de GPS, que podem ser menores por precisarem apenas receber em vez de enviar sinal aos satélites, mas eles ainda são muito pesados para as aves menores.
Por sorte, cientistas foram espertos o suficiente para ver que não precisavam de rastreamento por satélite Em vez disso, podemos colocar um minúsculo registrador de nível de luz, relógio e chip de memória o que juntos tem o peso de uma uva passa.
Leves registradores de nível de luz não enviam sinal, então ainda temos de recapturar a ave para pegar os dados, mas nós podemos então usar técnicas antigas de negação para reconstruir a localização diária da ave ao longo da sua jornada: a duração de cada dia é um indicador de latitude, e o tempo entre o por do sol e o nascer do sol é um indicador de longitude.
Esse inteligente sistema de geolocalização mostrou a migração mais rápida do mundo: a narceja-real que pesa cerca de 170 gramas (metade de uma lata de refrigerante), viaja da Suécia à África Central in apenas três dias, uma média de 95 km por hora.
Outra maratonista das migrações, a andorinha-do-àrtico, que recebia o título de migração mais longa pela sua viajem anual entre Ártico e Antártica, estimada em 40.000 km.
Mas dados recentes do localizador por nível de luz mostra que as andorinhas viajam na verdade mais que o dobro a cada ano, possivelmente para aproveitar ventos favoráveis. Isso quer dizer que andorinhas-do-ártico podem acumular mais de 2,5 milhões de quilômetros de voo ao longe da vida, suficiente para 3 viagens de ida e volta à Lua. Mas pelo que sabemos elas não chegaram lá ainda.
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