Duas mulheres descobrem em uma rede social que compartilham marido

Duas mulheres chinesas descobriram graças a uma rede social em mandarim, a Kaixin, similar ao Youtube ou Facebook -que é proibido no país- que tinham o mesmo marido, um chinês com passaporte mexicano que em consequência foi preso por bigamia.

As duas mulheres se conheceram virtualmente ao ter na lista de conhecidos uma pessoa em comum, o próprio Chang, e qual não foi a surpresa quando, ao trocarem mutuamente fotos de seus casamentos, descobriram que compartilhavam algo mais que o vestido branco de noiva.

Chang casou-se em 2005 com uma delas, de sobrenome Li, na província de Zhejiang, e mais tarde casou com a outra no México -país que visita com freqüência devido a seus negócios- com uma pequinesa chamada Wang, que está inclusive grávida.

O bígamo manteve os dois casamentos usando em cada lugar a desculpa de que tinha que se ausentar durante longas temporadas para gerenciar seus negócios, e continuou sua prática quando a pequinesa regressou à capital chinesa.

Chang tinha dois passaportes, um chinês e outro mexicano (obtido em 2002), um caso muito raro na China, onde não se reconhece a dupla nacionalidade com nenhum país.

Ao que parece, o empresário conseguiu este privilégio alegando que o passaporte mexicano lhe facilitaria as freqüentes deslocações ao país latino-americano.

A China proibiu nos primeiros anos do regime comunista o concubinato e a poligamia, práticas muito estendidas na sociedade tradicional daquela época, especialmente entre a nobreza e as famílias acomodadas.

Fonte: China Daily.