Algum tempo atrás contamos a história do rei Frederico I da Suécia que levou seu leão morto a um taxidermista que nunca havia visto o animal na vida. O resultado foi pavoroso, mas não é único como podemos apreciar pelas imagens que ilustram este post. Amantes dos animais, desviem os olhos! De leopardos a esquilos empalhados que mostram alguns dos piores trabalhos de taxidermia coletados por uma página no Facebook apropriadamente chamada Bichos feios de pelúcia.

Nós já vimos que existem sim taxidermistas que conseguem resultados incríveis na reconstrução de um animal no post "Taxidermia, vivo para sempre", mas ao que parece a maioria destes profissionais não o são, dada a quantidade de coisas bizarras que podemos encontrar no gênero pela internet. A taxidermia é uma das técnicas de conservação mais antigas que existem, desenvolvida desde tempos remotos e inclusive aperfeiçoada já na antiguidade.

Às vezes, a arte digital traz coisas boas. Coisas bonitas. Coisas que nos transportam para um outro mundo, estimulando nossa imaginação permitindo saber de algo que, até há pouco, não existia. Mas às vezes, porém, a arte digital permite às pessoas a capacidade de mesclar dois animais existentes para criar um tipo completamente divertido (e às vezes assustador), espécime de um jardim zoológico freak. Este é o mundo da Animangling ("deformação animal"), também conhecida como taxidermia digital.

A taxidermia já nos possibilitou ótimos posts no MDig, alguns para dar risada e outros para propiciar o susto. Neste segundo grupo, os taxidermistas são, em geral, curiosos que decidiram perpetuar um animal,mas que não conhecem absolutamente nada de biologia, química, anatomia, comportamento, ecologia e muito menos artes plásticas. O resultado lógico são uma piada, um arremedo do bicho original, tão cômico quanto assustador.

O pior exemplo de taxidermia que poderá encontrar sem dúvida é o caso do leão do Castelo de Gripsholm, cujas imagens se tornaram avatar de alguns emedigueanos. Mas há que desculpar seu protagonista: ele nunca vira antes um leão na vida. A taxidermia, antes de ser uma arte, é quase uma ciência, que exige habilidades especiais do profissional para executar um trabalho demorado e minucioso, onde o mestre deve conhecer bem a anatomia animal, para dominar as habilidades artísticas, que serão fundamentadas com fisiologia e química.

Dissecar animais de companhia mortos no processo de taxidermia, é mais velho do que andar para a frente. transformá-los em drones já é mais recente. Em 2012 Bart Jansen decidiu converter seu gato Orville em um drone e assim nasceu o primeiro (e acho que único) gatocóptero. O gato havia sido atropelado por um carro e Jansen associou-se com um engenheiro, Arjen Beltman, para realizar o projeto. Depois vieram outras maluquices, incluindo um avestruzcóptero que voa.

Em 2011 nós contávamos a história de um leão taxidermizado tão terrivelmente que até é bem engraçado. Ele é uma das principais atrações em exibição no Castelo de Gripsholm, na Suécia. O leão foi um presente para o rei Frederico I em 1731. Quando ele morreu, sua pele e ossos foram levados a um taxidermista que nunca tinha visto um leão na vida, e ele fez o seu melhor para empalhar o animal, possivelmente por "pura adivinhação". O leão foi transformado em tantos memes que até uma página do Facebook surgiu para arquivá-los, e ainda está ativa!

Um aluno da Escola de taxidermia de Blanco no Texas, Lynn Butler, capturou uma espécie de coiote que alguns dizem ser o mítico chupacabras. Um dos professores da escola, Robert McDaniel, disse a Butler que tinha ouvido um barulho estranho no celeiro de seu primo e que algum animal vinha matando todas as galinhas do local.

Andrew Lancaster é um taxidermista da Nova Zelândia que levou a arte/ciência de conservar e preencher os animais mortos a novos patamares, criando híbridos impossíveis, como frangos de três cabeças e gambás alados, em um segmento dentro da taxidermia conhecido com "pária". Andrew, mais conhecido como taxidermista maluco, começou a criação de suas criaturas assustadoras há uns 3 anos, mas ele começou a praticar taxidermia depois que se mudou para a Nova Zelândia, da Inglaterra, há 14 anos.

As coisas podem não sair conforme o esperado se contratar alguém para fazer a taxidermia de uma espécie com a qual não está familiarizado. Isto foi o que aconteceu com o rei Frederico I da Suécia em 1731. Ele tinha um leão como animal de estimação e depois que ele morreu, sua pelagem e ossos foram levados a um taxidermista que nunca havia visto um leão na vida. O resultado nós mostramos neste post, mas dá para adiantar que mais parece um personagem de desenho animado do que o rei dos animais.