A natureza pode tomar posse e cobrar protagonismo em lugares precários, mas ainda assim ela dá o seu jeito. A Pedra da Capela localizada entre as cidades de Munising e Grand Marais, nos Estados Unidos, tem uma única árvore empoleirada no topo de uma coluna de arenito. Por direito e lógica a árvore não deveria estar lá: a pequena superfície de terra no topo da rocha é insuficiente para sustentar uma árvore deste tamanho. Não há praticamente nenhuma camada superficial de terra, certamente não o suficiente para uma árvore, obviamente, prosperar. Como, então, diabos ela floresceu? |
Olhando um pouco mais de perto nos permite ver a resposta: o que parece uma corda entre a pedra e o continente não é de fato uma corda; é um sistema de raízes que se estende ao longo da borda da rocha para o outro lado, onde existe terra, água e nutrientes em grande quantidade.
No entanto, como as raizes estenderam-se para o continente? Será que seus tentáculos deslizaram entre o vão como zumbis clamando por "Terra, mais terra... água, água..."? Não! A resposta está no tipo de rocha sobre a qual a árvore está equilibrada. É parte do Parque Nacional das Rochas Lakeshore, no Lago Superior, o maior lago de água doce do mundo em extensão territorial, localizado entre o Canadá e os Estados Unidos. Pouco mais de um terço deste parque é formado de falésias coloridas de arenito e arenito corrói.
Durante milênios as falésias foram esculpidas em números incontáveis de cavernas, arcos e formações que se parecem com rostos humanos ou torres de castelos medievais. A Pedra da Capela é uma dessas formações. Há registros que até a década de 1940 a rocha não era um pilar, senão um arco.
A resposta então é mais simples do que parece, a Pedra da Capela era parte de um todo e que depois de milhares de anos se manteve ligada ao continente apenas através de um arco por onde as raízes forneciam toda a água e nutrientes necessários para seu desenvolvimento. Acontece que faz setenta e poucos anos o arenito corroeu a um ponto que não aguentou suportar mais o seu próprio peso e ruiu, deixando um pilar solitário.
No entanto, em vez de cair junto com a rocha e o solo as raízes de alguma forma conseguiram se manter ligando um lado ao outro. Então as raízes continuaram a crescer ao longo das décadas e agora são grossas o bastante para manter o desenvolvimento da "árvore da sorte", que é como muitos a chamam.
O caso continua intrigando muitos dos visitantes desta bela parte do parque e alguns dizem que este é o caso arbóreo do que veio primeiro entre o ovo e a galinha. No entanto, basta dar uma olhada nos processos geológicos para entender que a solução deste quebra-cabeça é muito óbvio, ainda que surprendente.
Via: James Marvin Phelps
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