Conseguir um empréstimo bancário pode ser um processo difícil, especialmente se você não tem nada de valor para oferecer como garantia. De fato, muitas vezes você necessita provar para a instituição que não precisa dele para conseguir um. No entanto, na Itália há alguns bancos que aceitam queijo, especificamente parmesão, como garantia de seus clientes prestamistas, guardando-o como se fosse ouro. Considerando que uma roda desse queijo em específico pode valer milhares de reais, dá para entender o motivo. |
Assim é como funciona. Digamos que você é um produtor de queijo parmesão, conhecido como queijo Parmigiano Reggiano na Itália, e precisa de dinheiro para materiais ou alimento para seus animais. Não tem dinheiro, mas tem muito queijo. Para obter o empréstimo, a única coisa a fazer é levar seu queijo ao banco. Este aceita e fornece um empréstimo no valor do produto, cobrando uma taxa de juros mais o custo de armazenamento do produto. Alguns cobram uma taxa de juros entre 3 a 5% dependendo da qualidade do queijo.
O banco Credito Emiliano, localizado na região sul de Milão, aceita queijo parmesão como garantia desde 1953. Em 2013 o banco tinha 430.000 peças de queijo parmesão em seus armazéns. Em seu conjunto, as rodas valiam quase 700 milhões de reais.
Ainda que pareça curioso, este tipo de empréstimo é considerado um investimento seguro para o banco porque o queijo pode demorar anos para madurar. Se após alguns anos o prestamista não paga sua dívida, o banco vende o queijo e recupera seu investimento.
Após o produtor deixar o queijo no banco, este assume a responsabilidade de cuidar do queijo para que mature corretamente. É parte do acordo que faz com o produtor. O banco armazena o queijo e assegura-se de que está protegido de ladrões. O banco Credito Emiliano, por exemplo, protege o queijo com arame farpado e uma cerca elétrica. Armazena-o em um depósito com temperatura extremamente controlada.
Também vigia o estado do queijo. O banco limpa, gira e prova de vez em quando para se assegurar de que está maturando bem. Não obstante, a prática de tratar o queijo como dinheiro não se limita aos bancos. Em 2016, o produtor de queijo 4 Madonne Caseificio dell'Emilia vendeu bônus respaldados por seu produto. Conseguiu arrecadar 22 milhões de reais, que, disse, usaria para melhorar suas instalações e promover seu queijo.
Conclusão: o dinheiro não é o único que domina o mundo. O queijo também tem muito peso, ao menos na Itália (e às vezes em Minas).
Fonte: Business Insider.
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