Um longo estudo sobre "bebês do crack" nascidos de viciados em cocaína no estado americano da Filadélfia nas décadas de 1980 e 1990 terminou em 2013 com um resultado inesperado. O QI médio entre os "bebês do crack", na época com acima dos vinte e poucos anos, foi de 79. No entanto, o grupo controle, que era socioeconomicamente semelhante, mas não nasceu de pais viciados, teve um QI médio de apenas 81,9. Como assim? |
Curiosamente, a exposição à cocaína parecia ter apenas um efeito prejudicial menos e não significativo no funcionamento cognitivo médio dos filhos de viciados. Mas ambos os grupos estavam abaixo da faixa média dos Estados Unidos, que é de 90 a 110.
Isto levou a mesma equipe a um estudo mais aprofundado do assunto e a uma conclusão surpreendente: os dois grupos não conseguiram atingir todo o seu potencial intelectual devido à pobreza crônica. Ou seja, a carestia e a privação de recursos tem uma implicação mais avassaladora e cruel na formação do processo de desenvolvimento cognitivo do que o consumo de drogas.
110 dos "bebês da pedra" originais foram monitorados até o final do estudo, em 2013. 108 deles ainda estavam vivos, mas apenas 6 se formaram na faculdade, com apenas outros 6 ainda tentando um curso acadêmico. 60 deles foram pais, mas ainda não sabemos se essa próxima geração cresceu em condições melhores do que as que mantiveram o funcionamento cognitivo de seus pais.
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Comentários
Os valores estão invertidos, pelo texto quem o filho de drogado seria melhor, mas o numero esta menor.