Que faria você por amor? Essa pergunta não saía da cabeça de Martine Rothblatt, quando sua esposa lhe disse que era lésbica e ele decidiu mudar de sexo para poder continuar sua relação amorosa com ela. Quando nasceu, seus pais o chamaram Martin, mas por amor, este homem se transformou em mulher e hoje, Martine Rothblatt, é uma das CEO melhor pagas dos EUA e é uma referência no campo da bioética. |
Quando era muito jovem, Martin conheceu Bina Aspen numa discoteca. Desde o primeiro momento, o jovem sentiu-se muito atraído pela garota afro-americana e decidiu conquistá-la.
A relação prosperou até que finalmente se casaram e se converteram em pais de 4 filhos. No entanto, em um belo dia, a vida de Martin deu um giro de 360 graus quando sua esposa lhe confessou que era lésbica e que portanto, queria se divorciar dele.
Foi um duro golpe para Martin, que decidiu que não estava disposto a perder o amor de sua vida. Nesse momento também reflexionou sobre sua vida e recordou como quando era adolescente desejava com todas suas forças ser mulher.
Em algumas ocasiões propôs-se a possibilidade de ser uma mulher, mas eliminou o pensamento conforme crescia, no entanto, uma vez que Bina decidiu dar por terminada a relação, Martin tomou as rédeas de sua vida e decidiu mudar de sexo.
O que pensariam seus amigos? Como reagiriam seus filhos? Que pensaria sua ex esposa? Pese ao medo que sentia, Martin decidiu mudar de sexo em 1994 e recuperar o amor de Bina.
A maioria dos vizinhos e amigos deixaram de falar com Martin e seus filhos foram alvo de bullying, mas a agora mulher não cedeu em seus esforços de começar uma nova etapa em sua vida.
Após uma longa conquista, Martine e Bina voltaram a ficar juntos como um casal homossexual e até a data seguem juntas.
Pois se não fosse o bastante, Martine é hoje uma das CEO melhor pagas dos Estados Unidos, além de ter uma trajetória impecável no campo da bioética.
Ela fundou a United Therapeutics, empresa biotecnológica que se centra no campo da pesquisa, desenvolvimento e venda de medicamentos para pessoas com doenças crônicas, cardiovasculares e câncer. Atualmente sua empresa estuda a possibilidade de transplantar órgãos de porcos para humanos.
Martine também é criadora do manifesto "O apartheid do sexo" que sugere que os genitais são irrelevantes para a sociedade. Assegura que dividir as pessoas em homens e mulheres é tão errado quanto dividir em brancos e negros, por isso ela não se define a si mesma como transgênero senão como transhumanista.
Martine começou a interessar-se, ademais, pela inteligência artificial pois assegura que esta é a chave para prolongar a vida humana.
A bem sucedida mulher também criou sua própria religião chamada "Terasem" que assegura, entre outras coisas, que "a vida tem um propósito, a morte é opcional, Deus é tecnológico e o amor é essencial".
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Comentários
"...Assegura que dividir as pessoas em homens e mulheres é tão errado quanto dividir em brancos e negros..."
Esta declaração me fez lembrar deste post:
Duríssimo golpe contra a “ideologia de gênero” nos países nórdicos
http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=33021
O "amor" pode ter sido um dos fatores que a levaram a fazer a mudança de sexo, mas, pelo que entendi, essa foi só uma desculpa para fazer algo que ela já tinha vontade há muito tempo, mas que não tinha tido a oportunidade. A única parte que eu achei realmente bizarra foi de Martin ter, além de tudo, criado uma religião õ.õ pra quê isso?
"a vida de Martin deu um giro de 360 graus" é bom, heim?
Eu confesso que não entendo essas pessoas que "lutam" pelo amor dos outros. Eu acha que vc deve amar quem tem ama.
Eu, heim ?
Sei lá...
Se elas estão felizes, então tá !
:-/
Já vi humano se casar com uma humana cega, e nem por isso ele desejou ficar cego. Já vi humano casar com cadeirante, e nem por isso ele desejou ficar cadeirante. Já vi humano se casar com humano de religião diferente e,ou ateu, e nem por isso se sentiu na obrigação de mudar sua crença...
Será que é obrigatório o humano ficar igual ao outro que ama? Afinal o que os uniu não foi o amor? O amor que uniu dois humanos diferentes para que se amassem com suas diferenças?
Nunca mudaria de sexo por amor. De cidade ou de país, sim, para poder viver esse amor, que teria de ser bem forte pra justificar essa mudança. Há milhões de humanos que o fazem, mas não serão noticia por essa razão.
A notícia do caso destes humanos é diferente e as suas motivações são exclusivas e pessoais.
É sempre interessante observar o ponto de rutura em que o respeito pela liberdade alheia é confrontado com casos extremos como este. Os humanos, enquanto seres sociais, afirmam respeitar a liberdade e as opções individuais dos outros humanos, mas impõem um limite. Onde colocamos esse limite diz muito sobre cada um de nós.
O aspeto que, para mim, é realmente bizarro, é colar à notícia a informação de a pessoa ser uma "mulher bem sucedida". Que falta faz essa informação para o caso? Transmitir a ideia que ela não é, portanto, uma mulher qualquer, uma "fracassada", uma banal operária ou uma simples funcionária, isso é muito significativo. Carrega, na sua essência, um outro preconceito social, este mais abrangente e com mais vítimas. Ao mesmo tempo parece querer caucionar uma opção pessoal - todo o mundo deve aceitar a sua opção porque essa mulher é "muito importante".
Aberrações da natureza. este mundo está cada vez mais podre..
Surpreendente.
Para mim é besteira, e tem que pensar bem, pq depois para mudar de novo...
Antes de responder a pergunta, deixe-me ver se entendi o texto; Martine amava Bina que era Bino mas namorou Martin que pensava em ser Martine mas nunca concretizou o fato porque amava Bino que na verdade era Bina, que se casou com Martin, por isso Martine mudou o Martin para segurar Bina que não gostava de Martin mas queria Martine, por isso Bina queria ser Bino mas desistiu porque Martin se transformou em Martine para agradar a Bina. É isso! Não, péra...