Bengali com centenas de tumores no corpo diz que não poder sair à rua porque as crianças tem medo dele

Similares a bolhas, este pai de 47 anos chamado Shadot Hossain, possui centenas de tumores não cancerosos sobre seu corpo, que cobrem cada centímetro de sua pele e que atualmente estão colocando em risco a visão deste homem que reside na localidade de Shajadpur, em Bangladesh. Sem uma operação para erradicar os tumores que cobrem seu corpo, Shadot poderia perder de forma permanente sua vista. Os tumores são tão graves que ele não pode usar roupa para cobrir a metade superior de seu corpo ou ir ao banho por si mesmo.

As bolhas que foram aparecendo sobre sua pele impossibilitam que possa ser alimentado por si próprio e também provocam grande incômodo e dor ao tentar encostar sobre qualquer superfície plana.

Segundo os médicos locais, Shadot sofre de neurofibromatose, que é o nome de uma série de condições genéticas que causam inchaços e tumores, e que afeta só uma em cada 3.000 pessoas no mundo, que chegam a desenvolver esta condição ao longo de sua vida e não no momento em que nascem. A doença pode variar consideravelmente de uma pessoa a outra, mas geralmente os afetados sofrem de problemas de conduta, dificuldades de visão e pressão arterial alta.

Apesar do aspecto gerado por esta condição genética, os nódulos ou tumores são causados por um crescimento excessivo das células, não são cancerígenos ou contagiosos como algumas pessoas poderiam chegar a pensar

Shadot evidentemente não consegue realizar algumas das ações mais normais de um ser humano, e além disso não pode sair à rua porque as crianças se pelam de medo dele. Inclusive, ele expressou que devido ao constante aparecimento de tumores, seu filho menor de 12 anos de idade, Abdullah se afasta quando ele se aproxima.

- "É muito difícil viver com uma dor como esta. Também tenho muito comichão no corpo e no pescoço. Meu corpo parece pesado. Ao sair à rua no momento em que me vêem, todos se afastam. Os crianças quando me vêem se assustam e começam a correr."

Como era de se esperar, devido a sua condição Shadot está incapacitado para trabalhar e portanto, não recebe nenhum tipo de rendimento monetário que possa ser utilizado para adquirir calmantes, alimentos especiais ou para custear uma possível cirurgia que erradique os nódulos.

Sua esposa de 39 anos, Tajmohel Khatun, foi a pessoa que acompanhou o impacto gerado por sua condição genética na saúde de seu marido e na família. Tajmohel relata que como seu marido não é capaz de gerar rendimentos e precisa de ajuda constante, ela também não pode sair a trabalhar o que resultou que seu filho de 12 anos, não possa ir a escola também.

- Ele não é capaz de fazer nada só, temos que ajudá-lo trocar a sua roupa e até no banho. Mas os vizinhos são muitos bons e nos ajudam com roupa e comida já que não temos nenhum rendimento financeiro. Meu marido está doente e tenho que aceitar este fato. Ainda bem que nossas duas filhas já se casaram, mas por causa de nossa crise financeira não posso enviar meu filho à escola."

Os tumores começaram a desenvolver-se de forma precipitada quando ele tinha 19 anos de idade, sendo que nos últimos 5 anos estes conseguiram cobrir a totalidade de seu corpo. Para piorar, como Shadot não tem como se submeter a uma cirurgia, poderia perder a vista em sua totalidade já que os tumores se alojaram em suas pálpebras, o que lhe impossibilita de abrir os olhos.

O Dr. Mahmudul Hassan diz que nunca tinha presenciado um caso tão extremo como o de Shadot.

- "Nunca vi nenhum caso como este antes. A condição do paciente é muito grave. Temos que cortar as camadas dos olhos pela falta de visibilidade que está sofrendo. Se não for tratado imediatamente ele pode perder a visão."

Um assistente social da localidade onde reside Shadot, Mohamed Mamum, está fazendo uma campanha para reunir dinheiro e assim custear uma operação que lhe permita seguir vivendo com o mínimo de dignidade.

- "Peço ao governo para proporcionar o tratamento adequado para Shadot para que possa voltar a ter uma vida normal e manter a sua família e ajudar a seu filho a estudar."

A internet também não fugiu a sua responsabilidade. Richard Harris, um britânico disse que estava se perguntando como puderam deixar este homem chegar a estas condições:

- "Me perguntei por que alguém não fez algo sobre isso ... e então eu percebi que eu posso ser este alguém..."

Richard abriu uma campanha de crowdfunding, que em dois dias angariou 1.529 libras com um objetivo de 10 mil. Caso alguém possa, ajude, por favor!

Graças a esses esforços, Shadot será enviado prontamente ao Instituto Nacional de Ciências e Neuro-Hospital em Daca para que se façam um diagnóstico completo e um posterior tratamento que detenha o crescimento dos tumores que tanto afetam sua vida e a de sua família.

Fonte: Express.
Fotos: Barcroft.

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