Kung Fu Nuns: a Primeira Ordem Mundial de monjas das Artes Marciais

As freiras em geral são associadas com mulheres paramentadas de hábitos e longos capuzes. Pouco sabem que um pequeno monastério de montanha no interior do Nepal abriga várias dezenas de freiras que praticam uma forma de vida monástica, mas também outra coisa. Esta outra coisa tem pouco a ver com a modéstia, castidade ou orações. Em vez disso, ali encontramos mais de trezentas devotas praticantes budistas praticantes de Kung Fu. As mulheres, conhecidas como bhikkhuni, possuem agora a distinção de ser a primeira ordem mundial das freiras de Kung Fu.

O convento de Druk Gawa Khilwa, em Catmandu, no Nepal é o lar da maior coleção de mulheres perigosas da Ásia. Elas vivem e respiram a arte marcial popularizada pelo ator e mestre praticante, Bruce Lee.

Mas, ao contrário do que qualquer um esperaria de um bando de mulheres letais, essas monjas não usam o Kung Fu a favor de máfias ou para defender o destino budista até a morte, senão que para melhorar sua meditação, concentrando sua atenção nas sequências de movimentos.

Em 2008, Gyalwang Drukpa, o chefe espiritual da Ordem Drukpa, de 800 anos de idade, mudou completamente a vida das freiras.

Inspirado pelas freiras do Vietnã que receberam treinamentos de combate nas guerrilhas Viet Cong, ele trouxe a ideia para o Nepal para encorajar as freiras a aprender autodefesa.

No sistema monástico budista, as mulheres são consideradas consideravelmente inferiores aos homens.

Os monges ocupam a maioria das posições de liderança, e as freiras são relegadas para tarefas domésticas e outras tarefas cansativas e insignificantes.

O movimento revolucionário de Gyalwang Drukpa para promover a igualdade de gênero resultou em uma mudança de paradigma na estrutura religiosa fortemente patriarcal.

Recentemente, lideradas pelo próprio Gyalwang Drukpa, elas fizeram uma pedalada de 2.200 quilômetros de Catmandu até Deli, na Índia, para incentivar a conscientização ambiental e estimular as pessoas a usar bicicletas em vez de carros.

O Kung Fu não é a única habilidade altamente funcional que as bhikkhuni têm.

Além de cuidar de animais de rua e das obras e atividades de assistência social, as monjas são proficientes em eletrotécnica, montagens mecânicas e encanamento e computação.

Elas não apenas podem te socar como se não houvesse uma manhã, como também podem encaná-lo e eletrocutá-lo.