O poder militar de todos os países do mundo, explicado em um impressionante gráfico

Após décadas presenciando de primeira mão a destruição e a miséria do combate, o general da Guerra Civil americano William Tecumseh Sherman pronunciou o discurso de graduação na Academia Militar do estado do Michigan em 1879. Em seu discurso, resumiu sua experiência com a seguinte expressão: - "A guerra é o inferno". Entre 136,5 e 148,5 milhões de pessoas se tornaram vítimas da guerra só no século XX. A despesa dos Estados Unidos nas guerras do Iraque, Afeganistão e Paquistão poderia superar os 20 bilhões de reais.

Na atualidade, a invasão russa de Ucrânia comoveu a comunidade internacional. Até o momento, nenhum outro país está envolvido na guerra, já que o país não é membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte. Ser fosse membro da OTAN mudaria drasticamente a situação. Se um país da OTAN é atacado, todos os países do organismo atuariam.

Mas, qual o tamanho das forças militares da OTAN? Como se compara com as forças russas e ucranianas? Ou melhor dito: quem tem o maior exército do mundo? Bom, a resposta não é tão simples. Entre os conflitos armados em curso e a construção de defesas de forma preventiva, muitos países acumularam exércitos significativos até a data. Este mapa publicado pelo Visual Capitalist, que utiliza dados do World Population Review, mostra todo o pessoal militar do mundo.

Há três categorias que costumam medir quanto a pessoal militar: Militares ativos, soldados que trabalham em tempo integral para o exército). Reservistas, pessoas que não trabalham para o exército em tempo integral, mas têm treinamento militar e podem ser chamados a qualquer momento. Paramilitares, grupos que não são oficialmente militares, mas que operam de maneira similar, como a CIA ou as equipes SWAT nos EUA. O país com mais ativos é China, mais de 2 milhões. O que tem mais reservistas é o Vietnã, 5 milhões. E o que mais paramilitares tem é a Coreia do Norte, estimado em 5 milhões.

Ao combinar os três tipos de exército, Vietnã destaca-se com mais de 10 milhões de efetivos. Coreia do Norte permanece cerca da parte superior da lista com estas nações bem mais maiores. Excluindo as estimativas das forças paramilitares, tem quase 1,9 milhões de tropas ativas e de reserva. Seguem Índia (5.137.500), China (4.015.000), Rússia (3.568.000) e Estados Unidos (2.233.050). O Brasil tem 1,7 milhões entre ativos e reservistas.

As razões destes imensos tamanhos militares são óbvias em alguns casos. Por exemplo, no Vietnã, Coreia do Norte e Rússia, Brasil os cidadãos devem servir um período de tempo obrigatório para as forças armadas. As Coreias, dois países tecnicamente ainda em guerra, recrutam cidadãos para seus exércitos.

Na Coreia do Norte, os meninos são recrutados aos 14 anos. Começam o serviço ativo aos 17 anos e permanecem no exército durante outros 13 anos. Em casos seletos, as mulheres também são recrutadas. Na Coreia do Sul, um homem deve alistar-se em algum momento entre os 18 e os 28 anos. A maioria dos termos de serviço são de pouco mais de um ano no mínimo. No entanto, há certas exceções: o grupo de K-Pop BTS obteve recentemente os direitos legais para atrasar seu serviço militar, graças ao ministro de cultura do país.

Nos EUA muitos fatores influem em por que tem uma força militar tão grande. Por um lado, o complexo industrial militar alimenta o exército. Uma longa tradição de colaboração estreita entre o governo americano e a indústria armamentística e de defesa cria incentivos econômicos para construir armas e defesas, o que se traduz na necessidade de mais pessoal. Ademais, o exército dos americano oferece segurança trabalhista e redes de segurança, e pode ser uma opção de carreira atraente. Culturalmente, o exército também é muito apreciado no país.