Encontra seu carro 20 anos após ter esquecido onde o estacionou

Nos anos 90, logo após fazer a rescisão de um emprego em Curitiba, caminhei -confuso com a "encheção de saco" da família e de amigos porque tinha pedido a conta na Petrobras- até onde pensei que tinha deixado meu carro, um Maverick preto, mas encontrei a vaga vazia. Após meia hora, muito chateado, conversando com a polícia, fui para casa de ônibus, só para saber no outro dia que meu Mavecão 8 canecos estava estacionado em outra quadra. Mesmo assim, meu caso não é nada em comparação ao que aconteceu a este tipo na Alemanha que esqueceu onde tinha deixado seu carro durante 20 anos.

O carro era um Volkswagen Passat e seu proprietário, de agora 76 anos de idade, relatou à polícia que havia extraviado em 1997 após tê-lo estacionado em um garagem de Frankfurt e se esquecer dele. Recentemente, quando o estacionamento estava em processo de ser demolido, descobriram que aí estava o Passat, ainda que evidentemente não funcionava, segundo conta o Augsburger Allgemeine.

Isto faz 20 anos e em algum momento encontrei paz a respeito do assunto. A gente começa a esquecer as coisas, ainda que às vezes pensava em segredo onde poderia estar circulando meu carro hoje em dia. Mas depois [com depois quero dizer 20 anos] a polícia me ligou para dizer que haviam encontrado o carro, ou melhor dito, em realidade nunca saiu dali.

Durante duas décadas esteve exatamente onde eu tinha deixado. Enferrujou por completo neste tempo no estacionamento de um edifício industrial, e provavelmente teria continuado ali por mais tempo, senão porque vão demolir o edifício. Agora, após todo este tempo que o carro esquecido voltou a obter atenção.

No entanto, quando se encontraram de novo, o dono agora com 76 anos de idade se deu conta que o amor também tinha enferrujado, de modo que não tinha motivo para levá-lo para casa. Sua última viagem foi para um cemitério de carros (ferro-velho).

É uma história real. Meu carro também não se foi jamais, sempre esteve ali na outra rua. Depois vendi para um grande amigo de infância, e hoje repousa, tomando pó e ferrugem, na garagem da casa de sua mãe no interior de Minas. Já pensei em readquiri-lo, mas não tenho coragem. Meu amigo se suicidou em 2002, com barbitúricos, dentro dele.

Fonte: Metro.