A diplomacia dos pandas é uma característica da forma como chineses conduzem as relações internacionais: eles dão ou emprestam os ursos para países com quem pretendem manter uma relação comercial. De fato, a prática existe desde a dinastia Tang, quando a imperatriz Wu Zetian (625–705) enviou um par de pandas ao imperador japonês. A China utilizou a diplomacia dos pandas nos anos 50 e tornou-se conhecida nas últimas décadas por essa prática. |
De 1958 a 1982, a China deu 23 pandas para nove países diferentes. Um destaque dessa diplomacia foi o presente do governo chinês de dois pandas, Ling-Ling e Hsing-Hsing, aos Estados Unidos em 1972 depois da visita histórica do Presidente Richard Nixon à China, quando o Presidente Nixon retribuiu enviando um par de bois almiscarados.
Primeira-dama dos EUA, Pat Nixon, em fevereiro de 1972, assistindo à exposição de pandas do zoológico de Pequim.
Após a chegada dos pandas em abril de 1972, a primeira-dama Pat Nixon doou os pandas ao Zoológico Nacional em Washington, onde aconteceu uma cerimônia oficial. Mais de vinte mil pessoas visitaram os pandas no primeiro dia em que estavam expostos, e estima-se que 1,1 milhão de visitantes foram vê-los no primeiro ano em que estavam nos Estados Unidos.
Os pandas foram muito populares e o presente da China foi visto como um enorme sucesso diplomático, evidência da ansiedade da China em estabelecer relações oficiais com os EUA. Foi tão bem sucedido que o primeiro ministro britânico Edward Heath pediu pandas para o Reino Unido também, durante uma visita à China em 1974. Chia-Chia e Ching-Ching chegaram ao zoológico de Londres algumas semanas depois.
Ching Ching morreu em 1985, com 13 anos. Ele foi empalhado e hoje faz parte do Museu Nacional da Escócia.
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