O artigo desta equipe japonesa, publicado no início de setembro no American Journal of Infection Control, admitiu que certa quantidade do ácido ribonucleico (ARN) do vírus sobrevivia aos experimentos in vitro e resultava inútil prolongar mais a exposição. No entanto, trata-se de números muito baixos e ainda deve ser determinado se são capazes de contagiar uma pessoa com o covid-19.
Os pesquisadores destacam que a maioria dos sistemas de desinfecção por luz ultravioleta utilizam lustres germicidas que irradiam ondas de 254 nanômetros aproximadamente. Estas podem causar dano para a pele humana e especialmente para os olhos, provocam algumas mutações de genes com efeito cancerígeno, enquanto as ondas da região do espectro UVC longínquo (207-222 nm) mostram as mesmas propriedades germicidas sem prejudicar a saúde.
As ondas utilizadas pelos cientistas têm um comprimento que difere muito pouco da habitual, mas a profundidade de sua penetração na pele ou nos olhos é muito limitada. A eficiência desta luz já havia sido comprovada em estudos prévios com o vírus da gripe H1N1 e outros patogênicos.
De fato, uma empresa americana de iluminação publicou um comunicado em junho onde ressaltava a efetividade das fontes de luz UVC contra o coronavírus depois de um estudo feitos supostamente em conjunto com o Laboratório Nacional de Doenças Infecciosas Emergentes (NEIDL, por suas siglas em inglês) da Universidade de Boston, nos Estados Unidos. Mas estranhamente, o estudo não gerou nenhum paper nem publicação, senão apenas o comunicado da empresa, que citava o NEIDL, e, por sua vez, um post no site do laboratório que citava a empresa, suscitando um ladino golpe de marketing para vender lâmpadas UVC.
Após os estudos adicionais, focados à segurança e a eficácia da irradiação do coronavírus em presença de pessoas, um sistema de desinfecção por UVC de 222 nanômetros poderia ser usado em espaços públicos ocupados, estimam os autores.
Com efeito, este sistema já vem sendo utilizado no Brasil. O Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo, criou um rodo higienizador que emite radiação UV, visando descontaminar pisos de hospitais e eliminar o vírus, reduzindo a propagação da covid-19.
E aqui temos mais um exemplo de como o ser humano pode ser um grandessíssimo fdp. Antes da pandemia, uma lâmpada UVC custava não mais que 40 reais, Hoje em dia os preços ascenderam a mais de 200 reais.
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