Faz alguns dias a Hawaiian Airlines anunciou que fez um investimento na REGENT (Regional Electric Ground Effect Nautical Transport, ou Transporte Náutico Elétrico Regional de Efeito Solo), uma empresa que está desenvolvendo ekranoplanos como meio de transporte regional, ainda que eles chamam de planadores marinhos. Simplificando um pouco as coisas, um ekranolplano é uma embarcação que aproveita o bolsão de ar que se forma sob suas asas segundo vai acelerando para decolar e manter a alguns metros sobre a superfície da água. |
Isso lhe permite atingir velocidades de centenas de quilômetros por hora, muito maiores que as de uma embarcação convencional. O que interessa a Hawaiian, o Monarch, tem uma envergadura de 33,5 metros, capacidade para 100 pessoas, e uma autonomia de 290 quilômetros a uma velocidade de 290 quilômetros por hora. A entrada em serviço está prevista para 2028.
Para Hawaaian, que opera mais de cem vôos diários entre as ilhas do Havaí com aviões Boeing 717 o uso de ekranoplanos tem muito sentido: podem operar desde portos, o que permite estabelecer rotas diretas entre populações em vez de ter que passar por um aeroporto, o que compensa sua menor velocidade com respeito a um avião. Ademais há que ter em conta que em vôos curtos um avião realmente passa muito pouco tempo a sua velocidade máxima.
Enquanto o projeto do Monarch ainda está nas renderizações, O REGENT da neozelandesa Ocean Flyer já tem um protótipo. A empresa assinou um dos maiores acordos privados da história atual, avaliado em US$ 700 milhões, para fabricar 25 planadores elétricos que farão as rotas entre as Ilhas do Sul e do Norte.
O mundo parece ter acordado mesmo para o problema do aquecimento global e trabalha para construir soluções de transporte sustentável, de emissão zero, para ajudar a alcançar o objetivo coletivo de nos tornarmos neutros em carbono.
Os "monstros do Cáspio" voavam baixo o suficiente para que suas asas permanecessem sob o efeito solo aumentando a sustentação e a eficiência. Por outro lado voavam na atmosfera mais baixa -literalmente no nível do solo-, o que aumentava muito o arrasto em comparação com o voo na estratosfera.
É possível que um ekranoplano projetado usando materiais compostos contemporâneos e motores de alto rendimento possa ser mais eficiente por quilometragem de peso de carga (ou de passageiros) do que um avião tradicional? Esta questão é específica para eficiência de combustível em distância. Viabilidade, segurança, navegação, tempo e custo da estrutura da aeronave não fazem parte da equação.
Os planados marinhos elétricos são uma grande ideia, pois aposenta os combustíveis fósseis e continuam sendo seguros já que voam a um metro da água. Se a bateria descarregar, a queda é pequena.
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