Pocha, a elefanta asiática, viveu a maior parte de seus 55 anos em um pequeno recinto de concreto subterrâneo no Mendoza EcoParque, na Argentina. Ela e sua filha Guillermina finalmente conseguiram deixar o zoológico em maio deste ano e viajaram 3.366 quilômetros até o Santuário dos Elefantes (SEB), na Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, onde podem passear pelas pastagens e pela floresta tropical e conhecer outros elefantes. Pouco a pouco elas foram se aproximando de suas futuras companheiras e aproveitaram pela primeira vez um banho de lama. A alegria delas em sua nova casa é fácil de ver. |
Pocha e Guille começaram a entrar pouco a pouco e com muita atenção na imensidão do santuário. Devia ser um momento rotineiro e simples, como tantos outros. Mas o caráter inédito da situação apenas confirma, por um lado, as terríveis condições em que as paquidermes viveram por décadas.
E foi só aos 23 anos que Guillermina conseguiu ter uma árvore à sua frente pela primeira vez na vida. A jovem elefanta esfregou sua tromba repetidas vezes, e brincou com ela como se fosse algo estranho e atípico à sua vida e rotina. Pocha também gostou, com nostalgia e melancolia, de poder tocar uma árvore novamente, algo que ela não fazia desde muito jovem.
Enquanto exploram o lugar canto a canto, árvore a árvore, lama a lama, as elefantas começam a se comunicar. Depois de anos inteiros de silêncio e trauma, os responsáveis pelo SEB também confirmaram que é cada vez mais comum ouvi-las trombeteando.
Na verdade, é como se elas estivessem tentando se comunicar com as outras elefantas da região e se conectar com o resto do ambiente. Essa "vocalização" constante que se vê nos novos habitantes do lugar nada mais faz do que mostrar o bom humor e a adaptação que estão tendo.
Quando ambas as aliás viviam no antigo Ecoparque, Guillermina sempre se mostrou à sombra de sua mãe, Pocha. Com efeito, quem tomou a iniciativa de começar a entrar nos contêineres nos preparativos prévios à viagem foi Pocha, enquanto Guille a seguia.
Mas nesta nova vida, Guillermina parece disposta a ser mais protagonista. A jovem aliá foi a primeira a sair do compartimento e pisar no chão do santuário. Uma vez que sua filha estava acomodada, Pocha deixou seu contêiner e a seguiu.
Esta atitude é mantida nos dias de hoje por Guille, e é ela quem começa pelos passeios exploratórios e onde dão asas à curiosidade. Enquanto a mais nova assume o posto, sua mãe já experiente a segue.
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